Colorado exportada pros EUA

Renato . escreveu: Rafael sem duvida a mudança tem que vir do consumidor, obviamente se o kra tah vendendo com margem exorbitante pra que ele vai baixar, mas dai vem a importância de uma discussão dessas, para o consumidor ver que não é só imposto, que tem muita gordura para queimar ai, basta ele se impor.

falou tudo, renato. existe muita gordura e muita desinformação sendo propagada por aí. este tipo de discussão, neste tipo de fórum, é oq temos para o momento.
abraço

Estou começando a ficar com vergonha alheia de certas atitudes aqui. Não concordar com uma opinião é totalmente válido, partir para ataque pessoal por causa disso é um absurdo. Com que cara conseguem exigir respeito da indústria se não conseguem nem respeitar uma opinião na internet?

Sobre a exportação da Colorado, eu não vejo problema. Certo eles de aproveitarem a marca atraente que eles tem e expandirem o mercado. Não é dificil de imaginar que seja mais fácil e barato enviar cerveja para os EUA do que para os estados distantes de SP.
Por outro lado eu acho que a Colorado erra na comunicação. Não havia necessidade de fazer tanto alarde sobre a exportação, a repercussão negativa me parece previsivel. Deveriam antes divulgar melhor qual é o planejamento para a distribuição dessas cervejas no Brasil, se serão afinal sazonais ou não e qual seria a temporada de cada uma delas.
Tem muito marketing, mas informação objetiva tá faltando.

o off topic:
Muito difícil um bar sobreviver em São Paulo com uma "margem de lucro" inferior a 150%. Na verdade, se juntar todos os produtos à venda (da cozinha e outras bebidas), a margem é acima disso. O fato é que margem de 150% significa que 40% do faturamento é apenas para pagar fornecedores. Sobra 60% do faturamento para pagar todo o resto, o que não é muito. É um pouco mais fácil trabalhar com uma margem um pouco menor quando a casa é grande e consegue atender mais de uma centena de pessoas por dia. Em bares pequenos que lutam para atrair algumas poucas dezenas de clientes por dia, a coisa é ainda mais dificil. A verdade é que a margem que muito aplicam sobre as cervejas artesanais e importadas é bem menor que a aplicada nas cervejas comuns. Como os valores das boas cervejas são altos e costumam assustar os clientes, tem muito bar que aplica uma margem maior nas artesanais nacionais e menor na importadas.

Sobre a possibilidade das cervejarias reduzirem os preços eu acho bem dificil, até porque a maioria delas (ou pelo menos as mais conhecidas) está produzindo com capacidade máxima. Também não acho que iriam reduzir os preços sem ter como compensar ampliando as vendas.

Eu já bati nessa tecla diversas vezes. O mercado brasileiro de cervejas artesanais só vai amadurecer quando a Eisenbahn tiver concorrência de verdade, quando houver disputa na faixa de preço de R$5.

Burrito Ortega escreveu: Com certeza ninguém rasga dinheiro e se te pareceu que alguém aqui estava fazendo demagogia, te enganaste. há algo de podre no reino da dinamarca. eu faço oq posso: não compro mais essas cervejas, faço minha cervejinha como o pedro e compro caixas das cervejas que acho que tem preço justo. também alerto aos demais, pelo menos exponho minha opinião. conheço algo deste mercado, conheço pessoas, empresas; e digo que tem muita estórinha mal contada.
abraço

Ortega, de maneira alguma me pareceu pratica demagoga por parte de algum membro do fórum. O que não concordo é ver um empresário que tem a coragem de se lançar no mercado muitas vezes com dinheiro captado no mercado a um dos juros mais caros praticados mo mundo, fica com capital imobilizado, assume o risco de empregar pessoas sob um regime jurídico trabalhista e social altamente protecionista, tributação extorsiva e no momento que ele pode ser recompensado por isso ser condenado por cobrar o valor que o mercado está, na grande maioria das vezes, disposto a pagar.

Rafael Carminati escreveu:

Burrito Ortega escreveu: Com certeza ninguém rasga dinheiro e se te pareceu que alguém aqui estava fazendo demagogia, te enganaste. há algo de podre no reino da dinamarca. eu faço oq posso: não compro mais essas cervejas, faço minha cervejinha como o pedro e compro caixas das cervejas que acho que tem preço justo. também alerto aos demais, pelo menos exponho minha opinião. conheço algo deste mercado, conheço pessoas, empresas; e digo que tem muita estórinha mal contada.
abraço

Ortega, de maneira alguma me pareceu pratica demagoga por parte de algum membro do fórum. O que não concordo é ver um empresário que tem a coragem de se lançar no mercado muitas vezes com dinheiro captado no mercado a um dos juros mais caros praticados mo mundo, fica com capital imobilizado, assume o risco de empregar pessoas sob um regime jurídico trabalhista e social altamente protecionista, tributação extorsiva e no momento que ele pode ser recompensado por isso ser condenado por cobrar o valor que o mercado está, na grande maioria das vezes, disposto a pagar.

argumento qualificado. mas à parte estas agruras citadas, não consideras que existe uma "zona de conforto" no mercado cervejeiro nacional? seria insanindade, como qualificastes, alguma das empresas brasileiras numa atitude ambiciosa tentasse aumentar capacidade de litragem e reduzir preço? achas que empresas com lucro consistente, num mercado altamente promissor, tem tanta dificuldade de conseguir crédito/investidores? Eu penso que não. Penso que veremos este movimento num futuro próximo.

Renato . escreveu: Rafael quando vc falou ganhar 6% sentando assitindo tv não achei que se referia a UM ANO. Isso sem dizer que a poupança deu 7,5 e a inflação 6,5 em 2011.

Então nada explica o kra querer ganhar 100 150% de lucro só pq vale mais a pena não investir em nada. Achei sem nexo essa colocação, mas bola pra frente.

Renato, funciona assim: tenho um dinheiro investido rendendo 10% ao ano sem risco algum de perdê-lo. O mais lógico é que eu só tire ele de lá para investir num negócio que pague pelo menos os 10% e o risco que passarei a ter. Cada um vai precificar esse risco da forma que achar melhor.

O debate começou em cima da questão de haver algo além dos impostos que contribuísse para o preço tão elevado das coisas por aqui. Eu suponho, e apenas suponho, que os juros altos do nosso mercado tenham um peso significativo no preço final das mercadorias por aqui. E não só porque o empresário invariavelmente busca um financiamento para viabilizar seu negócio, mas porque os juros também influenciam no rendimento dos investimentos em poupança, de que a poupança foi só um exemplo.