Fim de semana de visita ao recém-inaugurado São Paulo Tap House rendeu boas degustações:
Morada Cia. Etílica CDB: boa (e inventiva) gose nacional, com ácido lático e sal bem perceptíveis e o limão brilhando ao lado do lúpulo Sorachi Ace. Levedura belga adiciona complexidade e um perfil mais picante à cerveja. Boa combinação de sabores para um estilo de degustação difícil. Refrescante, mas um pouco difícil de tomar em quantidade.
Maniba Black Metal IPA: sensacional esta black IPA do RS, que finalmente consegui encontrar aqui em São Paulo! Uma das melhores IPAs nacionais, sem sombra de dúvida. Lúpulo delicioso, suculento, muita manga madura e abacaxi com fundo herbal perfumado, uma doçura agradável (não é daquelas IPAs sequinhas) e um final limpo e torrado.
Bamberg Alt: revisitando este clássico paulista. Perfil de maltes bem definido, amargr no ponto certo, frutado de ésteres também equilibrado. Cerveja muito agradável de se beber no dia a dia.
DUM Petroleum: na pressão, superou as lembranças que eu tinha da garrafa. O chope parece ser mais rico, mais achocolatado e menos seco e agressivo do que a versão engarrafada. Chocolate bem perceptível ao lado do café, lúpulo aromático compondo bem sem ofuscar o conjunto, frutas passas também bem inseridas. Um clássico, merecidamente. Quem puder provar na pressão, recomendo!
Dama Weiss: uma das minhas Weissbiere nacionais "de trabalho", com ótimo equilíbrio (sem pesar demais no doce e no frutado) e bom custo-benefício. Sequinha, com acidez apetitosa e cravo bem inserido.
Bohemia/Therezópolis Travessia Tripel: a decepção da noite. Tripel excessivamente doce, unidimensional (parecia uma geleia de frutas amarelas líquida). Não se nota o defumado da receita, que ficou atropelado pela doçura frutada. Muito aquém da expertise envolvida no projeto.