Degustação do fim de semana...

tiago lucas escreveu: Rapaz, postando aqui depois de 5 anos! Mudou um bocado o mercado e a produção cervejeira brasileira. Hoje tenho vários alunos home brewers e interessados em cerveja. 200% a mais de opções no mercado.
Sinto falta da Kaiser Bock, contudo!

De qualquer forma, neste fim de semana foram:

Invicta Boss e uma Eisenbahn Pilsen.

Ambas devidamente apreciadas!

Devo co,prar alg diferente amanhã.

Fala Tiago! Como vai, meu caro? Diga aí, a Irlanda é mesmo a terra das stouts e red ales?
 

Fala, Claudinei! Legal ver o pessoal "das antigas" ainda por aqui!

Quase! Eles bebem muita Heineken e Carlsberg na Irlanda!
Craft brewing tem crescido muito por lá, mas na maioria dos pubs o que achamos são: Stouts (Guinness na maior parte do teritório, claro, mas em alguns lugares outras stouts), lagers e alguma red ale (Smithwick's, sobretudo).

Bebe-se melhor na Escócia ou na Inglaterra - ou mesmo em Belfast!

É, Tiago, as lagers de produção massiva e baixo custo dominam mesmo, não tem jeito...

Seja bem-vindo de volta!
 

Findi sossegado, sem grandes pretensões

- Insana Gold: Muito boa premium american lager, bem maltada sem abdicar da boa presença de lúpulo e da refrescância. Coloração bem bonita, um pouco mais escura que o convencional. Revisitaria muitas vezes, mas seu preço não é competitivo levando em conta o estilo.

- Petra Stark Bier: Estava em promoção por 10 dilmas e resolvi revisitar. É uma lager bem diferente mesmo de todas as outras de sua família. Aroma típico de uma strong ale belga, com a dupla esterificação/fenólico em evidência (frutas secas mais alguma especiaria, eu diria), além de um leve álcool. Na boca, uma cerveja de bom corpo, malte intenso e boa quantidade de açúcar residual, finalizando com sugestão de frutas cristalizadas (lembra panetone ) e um suave aquecimento etílico. O amargor é moderado e não consegue o equilíbrio. Uma cerveja bem saborosa e, no entanto, de drinkability reduzida (é um tanto enjoativa). No mínimo, curiosa. Vale a pena conhecer.

- Bohemia Pilsen.
 

- Insana Wittbier: No aroma e no sabor, características de acordo com o estilo, com o cítrico e um suave condimentado em evidência acompanhados de um corpo leve. Porém, a carbonatação demasiado baixa e o creme pífio que sumiu completamente em segundos decepcionaram. A acidez também me pareceu um pouco acima do usual. Pode ser que tenha havido algum problema com este lote, não sei...

- Eisenbahn Weizenbock: Para superar a "insana experiência" do sábado, uma cerveja de trigo de responsa. Deliciosa, como sempre! A dupla passas/caramelo reina no aroma e no sabor, acompanhada de uma acidez correta e uma boa carbonatação. O bom corpo de perfil médio/alto e o etanol bem inserido também agradam. Até combinou com o frio que anda fazendo na terra da garoa...

- Bohemia Pilsen.
 

Achei que a Insana iria se redimir com sua porter, mas infelizmente não foi o que ocorreu...

- Insana Chocolate Porter: Porter medíocre. No aroma é ótima, mas na boca decepcionou. Mesmo levando em conta que se trata de uma cerveja com apenas 4,9% abv, achei que faltou corpo. Uma torrefação mais marcante também seria desejável. Para piorar, uma acidez que se destacou e incomodou. Não vale o preço e não pretendo repetir.

- Baden Baden 1999: Esta revisita também não foi das mais felizes. No aroma e no sabor, nota-se um caráter de malte predominante com caramelo em destaque (possivelmente o aditivo corante caramelo contribua para esta sensação) e uma lupulagem tímida refletida em um discreto floral e em um suave amargor no final que não chega a ser seco. Falta equilíbrio a este rótulo - ou pelo menos a este lote - para merecer ser comparado às genuínas premium bitters/ESBs inglesas...

- Bohemia Pilsen.