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Alexandre Almeida Marcussi escreveu:
Luis Machado escreveu: Por culpa só no transporte é vestir a camisa das cervejarias e não querer enxergar a realidade. Não estou me referindo a vc com essa frase Leonardo. Mas percebi que algumas pessoas aqui agem assim.
A questão, Luis, é que, ao contrário de outros confrades que postam regularmente aqui, você não demonstra ter o conhecimento técnico suficiente para distinguir sensorialmente quais os problemas das cervejas que você bebe, e muito menos para saber atribui-los aos ingredientes, à fermentação, à maturação ou ao transporte/acondicionamento. Sem isso, tudo se resume a teorias da conspiração sobre monges se vendendo ao capitalismo ou sobre a St. Bernardus e a Val-Dieu serem injustamente recusadas no selo trapista. Diante disso, você tem três opções:
1. Mude-se para a Bélgica e beba todas as suas cervejas favoritas na fonte, direto do tanque da cervejaria, para observar as variações que ocorrem de lote para lote.
2. Faça um curso e/ou estude off-flavors.
3. Apegue-se às suas teorias e seja feliz, mas não espere que todos concordem.
Eduardo Guimarães escreveu:
Luis Machado escreveu:
Leonardo Rodrigues escreveu: Alguem tem um embasamento mais técnico pra explicar essa variação tão frequente? Entrei de cabeça no mundo das cervejas artesanais já ha algum tempo e realmente cresce o numero de vezes em que me decepciono com algumas cervejas que tomo. Pagamos MUITO CARO por esse prazer (inclusive nas brejas nacionais) e acho que isso pode, em longo prazo, prejudicar muito a cena.
Seria transporte? Armazenagem? linha de produção? Enfim...alguém tem alguma luz?
Desconfio muito mais da produção, insumos, do que pelo transporte em si. Sou de BH e percebi uma grande variação no lote 40 da Petroleum. É produzida perto de minha casa.
Mesmo para as de fora, não acho que o transporte afetaria tanto uma bebida.
Por culpa só no transporte é vestir a camisa das cervejarias e não querer enxergar a realidade. Não estou me referindo a vc com essa frase Leonardo. Mas percebi que algumas pessoas aqui agem assim.
Luis, tive a oportunidade de trabalhar na Europa por um tempo e posso te garantir que algumas vezes as brejas produzidas no Velho Continente chegam sim "cansadas" ou até mesmo ruins aqui no Brasil. Lá eu bebi muita coisa por bastante tempo e nunca peguei nada ruim. Beber IPAs e Imperial IPAs lá nos EUA também tende a ser uma experiência bem mais interessante, posto que é fácil encontrar rótulos frescos (recém produzidos) e sem terem enfrentado viagens longas e quedas de temperatura. Eu particularmente posso te sugerir o seguinte encaminhamento: a) ao chegar no estabelecimento veja se as garrafas estão expostas à muita luz, próximas a aparelhos de ar condicionado (há lugares que colocam colado ao aparelho tornando as garrafas gélidas durante o horário comercial, mas que esquentam ao longo da madrugada com o aparelho desligado, maltratando muito a cerveja) ou expostas ao Sol; se a loja tiver isso, evite comprar nesse estabelecimento; b) se em sua cidade tiver chopes de importadas (aqui no Rio é bem comum, por ex), opte por testar os chopes dos rótulos que vc gosta, já que estão um pouco mais blindados para resistir a viagens; c) se for comprar garrafas, pegue aquelas lá do fundo da prateleira, no escurindo; d) invista nas versões em lata quando a mesma cerveja tiver esse tipo de envase. Confesso que seguindo isso tive bastante "sorte" e só lembro de em 3 ocasiões ter bebido cervejas importadas totalmente ruins. Variação é algo que pode muitas vezes ocorrer, é verdade, mas variação não necessariamente significa má intenção ou erro gravíssimo no processo de produção. Em relação à Wals, ela tem sim um problema específico de padrão em suas cervejas, devido a problemas de envase admitidos pela empresa. Tem tópico sobre isso aqui no Brejas. No entanto, as cervejas com as novas rolhas que eu provei (Tripel, Quad e Dubbel) estavam impecáveis (também há outro tópico que pode te ajudar a diferenciar as novas das antigas rolhas).
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