Problemas com cerveja belga

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10 anos 3 meses atrás #59317 por Luis Machado
Respondido por Luis Machado no tópico Problemas com cerveja belga

Gustavo Guedes escreveu: Eu tenho reparado nessa grande variação de uma garrafa pra outra, não só belgas mas qualquer cerva em geral. A Teresópolis Jade, por exemplo, já peguei umas maravilhosas e outras insípidas... minha mulher gosta da Blanche de Bruxelles, comprei duas ontem pra ela e foi decepcionante, parecia outra cerveja. Comprar cerveja é uma loteria!!


Concordo plenamente. E são caras!! Falar que o problema é só transporte não cola. Cervejas nacionais acontece a mesma coisa. Já tive problemas com cervejaria da minha cidade, casos em que desconsiderei culpa do transporte na hora.
Estão industrializando para atender mais e mais mercados e usando o termo"artesanal".
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10 anos 3 meses atrás #59319 por Gustavo Scherer
Respondido por Gustavo Scherer no tópico Problemas com cerveja belga
Será que podemos culpar o constante aumento do consumo de cervejais especiais, gerando mais demanda de produção e, de repente, uma diminuição na qualidade da mesma?
Vejo cervejarias nacionais trabalhando com 3 turnos de produção....é uma loucura.
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10 anos 3 meses atrás - 10 anos 3 meses atrás #59323 por Luis Machado
Respondido por Luis Machado no tópico Problemas com cerveja belga

Gustavo Scherer escreveu: Será que podemos culpar o constante aumento do consumo de cervejais especiais, gerando mais demanda de produção e, de repente, uma diminuição na qualidade da mesma?
Vejo cervejarias nacionais trabalhando com 3 turnos de produção....é uma loucura.


Pode ser. Hoje vc encontra muita cerveja "artesanal" em vários países, através de lojas especializadas (físicas e online), supermercados, restaurantes diversos...

As cervejas ale que bebemos hoje, começaram a serem feitas artesanalmente em pequenas quantidades, para consumo local, nas próprias abadias e mosteiros. Demoravam meses para ficarem prontas. Essas receitas seculares foram adaptadas para ficarem prontas em 10, 20, 30 dias, saindo da linha de produção com técnica industrial. Muitas vezes dá certo, outras não.

A qualidade de insumos continua, mas os processos têm se modificado para atender a demanda e a qualidade das "artesanais" têm caído sim.
Ultima edição: 10 anos 3 meses atrás por Luis Machado.
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10 anos 3 meses atrás #59324 por Alexandre Almeida Marcussi

Luis Machado escreveu: Falar que o problema é só transporte não cola. Cervejas nacionais acontece a mesma coisa. Já tive problemas com cervejaria da minha cidade, casos em que desconsiderei culpa do transporte na hora.
Estão industrializando para atender mais e mais mercados e usando o termo"artesanal".


Vou ter de discordar. Cervejas produzidas artesanalmente têm uma variação de lote para lote muito, mas muito maior. No fim das contas, todo o processo industrial ajuda a padronizar a cerveja. Duvido que você encontre, em pequenas cervejarias belgas, uma cerveja com um nível de padronização tão violento quanto o da Duvel (que é uma grande marca). O Randy Mosher diz: "É possível usar apenas um balde para produzir uma cerveja tão boa que arranca lágrimas. Mas não vai conseguir fazer a mesma cerveja duas vezes." (é mais ou menos isso, mas as palavras exatas devem ser outras) Para conseguir isso, é preciso padronizar o processo, o que só pode ocorrer em grande escala. Microcervejarias sérias empregam procedimentos industriais e nem por isso "abreviam" os tempos de fermentação e maturação. É preciso ver caso a caso.

O que eu desconfio seriamente que exista, em algumas microcervejarias do Brasil, é a prática de produzir um primeiro lote super caprichado de um lançamento (porque é o que os blogueiros e formadores de opinião vão degustar e comentar) e depois nem sempre usar o mesmo esmero nas produções seguintes. Também pode ocorrer o contrário: o primeiro lote sai com problemas no afã de lançar logo a cerveja, e só depois a cervejaria vai ajustar a receita para o equipamento. Na maioria das nossas micros (principalmente as marcas menores ou estreantes), ainda não há controle de qualidade tão rigoroso.

ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Alexandre LC
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10 anos 3 meses atrás - 10 anos 3 meses atrás #59326 por Luis Machado
Respondido por Luis Machado no tópico Problemas com cerveja belga
Dá para industrializar com controle de qualidade.
É o caso da Wals, que pegou a receita da DUM Petroleum, reduziu seu tempo de produção pela metade, através de técnicas industriais e criou sua Imperial Stout com a mesma qualidade.
A Wals Petroleum é uma das cervejas que bebo frequentemente e quase não percebo variações. Tirando o recente problema de oxidação que tive em algumas garrafas (talvez pelo envase) estou super satisfeito e é a cerveja que mais consumo. Ainda mais por conta da nova rolha usada. Dá para investir nas cervejas deles ainda.

Deixei de comprar muitas cervejas alemãs e belgas de renome há um tempo, por não saber o que virá. Não compensa investir.
Não compro mais Karmeliet. Agora a Westmalle entrou para a lista. Mesmo tendo aberto garrafas sensacionais.
No passado, perdi um monte de Paulaner Dunkel e Naturtrub, Erdinger, Franziskaner que estavam sem gosto e metalizadas. Não tenho mais coragem de adquirir qualquer alemã. Fiquei com pé atrás até da Weihenstephaner depois das avaliações desencontradas. As 3 garrafas que já bebi na vida foram nota 10. Mas ela é cara e se eu continuar comprando, sei que o problema virá. É só questão de tempo.

Ainda consumo muita cerveja "artesanal", mas com muito cuidado e restrições por conta dos problemas que tive. Essa foi minha experiência até agora como consumidor e nada entendedor de produção de cervejas.
Ultima edição: 10 anos 3 meses atrás por Luis Machado.
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10 anos 3 meses atrás #59331 por Gabriel Lucas Scardini Barros

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: O que eu desconfio seriamente que exista, em algumas microcervejarias do Brasil, é a prática de produzir um primeiro lote super caprichado de um lançamento (porque é o que os blogueiros e formadores de opinião vão degustar e comentar) e depois nem sempre usar o mesmo esmero nas produções seguintes. Também pode ocorrer o contrário: o primeiro lote sai com problemas no afã de lançar logo a cerveja, e só depois a cervejaria vai ajustar a receita para o equipamento. Na maioria das nossas micros (principalmente as marcas menores ou estreantes), ainda não há controle de qualidade tão rigoroso.


Tenho essa mesma percepção do primeiro lote caprichado.

Como Gustavo Guedes disse, cada vez a compra de cerveja parece uma loteria e as chances de ganhar o "prêmio" (uma cerveja em boa condições) são desanimadoras diante do valor empenhado na aquisição do produto.

Abraços,

Gabriel Lucas
factoide.com.br
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