2º Encontro do Brejas

Alexandre Marcussi escreveu:

Galera, para mim a coisa é muito simples, do ponto de vista comercial: os 10% fazem parte do valor do serviço que a casa oferece. Não quer pagar taxa a mais? Beleza, então os restaurantes todos ajustam seus preços de cardápio, e o tal do jantar de R$ 150 vai passar a custar R$ 165. Se o preço de cardápio é R$ 150, vc tem que aprender a ler como sendo de R$ 165. Não tem os R$ 15 a mais na carteira? Peça o prato de R$ 135. Esses 10% são necessários para cobrir os custos e garantir a taxa de lucro do estabelecimento. Se não estiver em taxa de serviço, vai estar no preço de cardápio. Se vc não quer, então coma em casa, onde vc não é servido na mesa e lava seus pratos ao fim da refeição. Fica mais barato.

E servir produtos mais caros envolve, sim, mais trabalho para o garçom. Pratos e bebidas mais caros significam clientes mais ricos, exigentes, chatos e reclamões, que querem um serviço melhor e um garçom mais educado. Se saímos para tomar uma breja de R$ 50, não vamos querer que ela seja servida em copo errado ou sujo e nem que o garçom misture o depósito fermento quando não deve. Ele precisa saber fazer isso tudo. Já se vamos tomar Brahma, f*da-se e serve no copo que tem.

2º Encontro? Está uma belezinha! Mas tem taxa de serviço...

Ale!

Será que vc ja foi garçom em outra vida? (hehe brincadeirinha pra descontrair)

O que vc ta dizendo não procede imho, o lucro que uma casa mediana pra cima tem em cima de bebida principalmente é exorbitante.

Vou dar de exemplo o Joakins que é uma lanchonete que vou com frequencia.

O hamburguer de pichanha com chedar (que é sensacional, recomendo a todos que não fazem regime e não tenham problemas de colesterol) custa $15 cruzados. Esse lanche eu estimo que tenha um preço de custo de no máximo 4 reais. Sim, pagamos bastante imposto, pagamos localização, estacionamento que é gratuito com manobrista e pagamos o salário do garçom.

Se o salário do garçom tem um custo de 10% a mais no lanche, que passe o lanche pra 16.5 atender bem é o minimo que o garçom deve fazer seja em um boteco ou seja em um restaurante francês com vinho de 1k reais.

Se vc vai em um lugar mais sofisticado que requer mais preparo do garçom, se espera que ele seja mais preparado, não é os 10% que vai permitir o local ter melhor atendimento. Ja pensou se vc pra terminar seu mestrado (ou doutorado?) de maneira correta ou otimizada exija 10% a mais? Vc vai conseguir?

O caso do outback é pior ainda, pq até onde eu sei, garçom la não tem salário, ou seja além de eu pagar um preço fora do normal eu ainda pago o salário do cara. (não sei se a info é real, se alguem puder confirmar ou desmentir, fique a vontade)

Na boa eu não me sinto culpado de ter grana pra comer em um lugar bacana, essa coisa da gorjeta parece meio que uma desculpa pra vc poder "esbanjar" dinheiro em um lugar fancy, tipo já que vc ta aqui gastando uma nota, vc tem que dar dinheiro ao pobre coitado do garçom, sendo que quem realmente tem a grana é o local.

E olha que eu sou a pessoa mais mão aberta do mundo, eu não me importo de pagar pros meus amigos, não me importo inclusive de se for o caso dar uma gorjeta acima dos 10%, o que me mata é essa obrigação implicita e tdo o que vem por tras dela.

Fábio (Guima) escreveu:
[/quote] Eu mesmo vou pedir pra tirar da minha conta porque vou sair de casa com cenzinho no bolso, e esse cenzinho vai ter que pagar tudo, inclusive o deslocamento ida e volta (seja de van, buzu ou camelo). [/quote]

ENTÃO GUIMA,

ESTAREI NO MESMO IDEAL QUE VOCÊ, COM CENZINHO NO BOLSO PARA BEBER E ME DESLOCAR!!!

PODEMOS FAZER COMO FIZEMOS DIA 29 NO MINI-ENCONTRO NO EAP, RACHAR!! UM PAGA UMA E DIVIDE ENTRE 2,3 DEPOIS O OUTRO, DEPOIS O OUTRO... EU PROVEI 17 CERVEJAS DIFERENTES( NO MINIMO MEIO COPO DE CADA), COM DIREITO A HARMONIZAÇÃO, E GASTEI R$38,00!!

FALANDO EM 2º ENCONTRO QUEM MAIS VAI RACHAR A VAN COM EU, O GUIMA, OS RUSSO, DIEGO... VAMOS GALERA TEMOS QUE GARANTIR A RESERVA O QUANTO ANTES!! A VAN SAI MAIS BARATO QUE AS TARIFAS DE PEDÁGIOS E, SE EXCLUIRMOS OS 10% DA COMANDA AJUDA!!

Bem lembrado, Seu Rafael !

Essa questão do deslocamento está realmente me preocupando, se eu for de carro além do gás tem a porcaria do pedágio, sem contar que tem o esquema da lei seca e tals, pra voltar vou ter que parar de beber com certa antecedência, de repente dar até uma cochilada pra "dar uma zerada" e cois e tal. De buzu tem toda uma logística, baixar aqui em rodoviária, chegar em Campinas e pegar buzão urbano (porque taxi não vai rolar) e essa mesma logística chata pra voltar.

E só vou ter cenzinho na carteira pra tudo isso, começo de ano a coisa é brava, a gente gasta muito e, no meu caso, ganho pouco. O barato da van é o ideal, sai bem mais em conta, menos preocupação, etc, mas tem que ter quórum.

VAMO ANIMÁ AI, GALERA, E FAZÊ O ESQUEMA DA VAN !

fudeu, estou oficialmente fora do segundo encontro. dia 27 sera o fds da primeira etapa do campeonato brasileiro de poker q tristeza...

Fábio (Guima) escreveu:

Pô, já pensou se eu cobrasse taxa de serviço pelo atendimento ? Eu saio às ruas vendendo meu trampo, ai acho um cliente disposto a comprar design e ele pede um orçamento, respondo: "depende, senhor, com bom atendimento ou sem ?" Fala sério, isso não existe, bom atendimento é o mínimo que se espera de qualquer empresa/profissional, ninguém precisa pagar taxa extra pra isso não.

E cá entre nós, garçom não ganha tão mal assim não, ganha muito mais que muito nego por ai. Eu sou freela, não tenho salário fixo, vivo numa corda bamba do cacete, quem pensa que fico sentadinho numa confortável cadeira o dia inteiro com ar condicionado e tiazinha servindo café tá muito enganado. Eu saio às ruas vendendo meu trampo, debaixo de chuva ou sol, faço telemarketing pra isso também, encaro cliente chato que dá vontade de mandar tomar no cu, mas viro madrugadas trampando pra esse cara, olhando pra tela de um computador e mexendo no mouse até os olhos ficam vermelhos e ardidos e o punho duro, sentado numa cadeira dura que a bunda fica quadrada... Só não carrego bandeja. Ralo como qualquer outro profissional, cada um sabe onde o sapato aperta. E tenho certeza que em determinados meses ganho bem menos que muito garçom porque não tenho salário fixo, gorjeta nem 10% pelo atendimento.

Nessa parte, me limito a apenas "assinar embaixo".

Fábio (Guima) escreveu:

E que lucro, hem? E que custos são esses, hem? Peguemos o próprio bar BREJAS como exemplo, uma Franziskaner lá custa R$ 16,90. Quando achava dela em mercados mal passava dos R$ 6,00. Vi a Samichlaus anunciada no site por R$ 35,90, fala sério, na Biesky (que é loja e também restaurante) pago por ela R$ 22,00 (e ainda acho pesado). R$ 9,90 numa Leffe? Cacete! R$ 2,59 no Sonda Tatuapé. E sem taxa de serviço!

Depois a gente reclama que brasileiro só gosta de BCB. Claro, cerveja especial é um produto elitizado, não se acha em qualquer lugar e os poucos que as vendem metem a mão no nosso bolso. A "beerevangelização" só se dará de uma forma mais ampla quando o produto for mais acessível. E não me venham com historinha de carga tributária não que não me convence, é que a cultura do empresário brasileiro é essa, ganhar muito vendendo pouco. Vender caro pra selecionar o público.

Peço desculpas aos confrades do Bar BREJAS pelos comentários, aliás essa é outra coisa que sempre quis falar mas nunca tive coragem. Estou fazendo a crítica não na condição de amigo mas sim de consumidor, a idéia do bar foi fantástica, mas os preços são descaradamente abusivos e pra chamar cliente inventam promoções happy-hour, dobradinha e coisa e tal. Quando vi os preços pelo site a primeira vez me assustei, eu estava programando ir a Campinas em janeiro mas isso me desmotivou e não fui, queria muito conhecer o bar e rever o pessoal, mas não sou rico e mesmo que fosse não iria me deslocar esse tanto pra pagar 16,90 numa Erdinger sendo que no EAP pagaria R$ 12,00 na mesma breja e andaria menos.

E a taxa de serviço do EAP, se resolvesse pagar, seria menor !

Guima, o que uma cerveja a mais na cabeça não faz, né?
Ou seja, você começa a falar (escrever) tudo o que pensa. Não se incomode, pois comigo também é assim...

Mas eu não sei se é tão simples assim. Não quero, aqui, defender nenhum dos lados, mas gosto de imaginar que o Bar Brejas não cobra mais caro simplesmente porque quer. Não sabemos em qual condição o Bar do Italiano foi repassado a eles e o quanto eles estão gastando para deixar o Bar Brejas com a "cara ideal". Não é somente a questão da tributação, mas também do "capital de giro", ou seja, coisas mínimas que, muitas vezes, nem pensamos, como o dinheiro para os guardanapos, copos quebrados, gelo, material de limpeza, etc. Digo isso porque meu pai já foi (hoje não é mais) médio-empresário e tenho uma noção de como a "coisa" funciona.

Infelizmente, num país como o Brasil em que (me desculpem o "chavão" - mas é verdade) somente os parlamentares ganham, é assim que tudo funciona...