BCBs: em quais circunstâncias ?

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14 anos 9 meses atrás #9165 por Renato .
Respondido por Renato . no tópico Re:BCBs: em que circunstâncias ?
Acho que essa TEORIA que o marcussi falou seria muito legal, mas acho que aqui em terras brasilis a coisa naum eh bem assim. Creio que caiu no esquecimento dos defensores das BCB que tivemos um lote inteiro da amada BRAHMA que apresentou guimba de cigarro e agua no lugar da cerveja, acho que ate foi colocado no blog do brejas, o kra compro diretamente da brahma, e depois da reclamação parece que o caso foi meio ABAFADO.

OK OK agora vai ver os defensores dizer que foi um caso isolado e bla bla bla, mas foi o extremo, imagina o que já não tomamos.

Agora vc acham pejorativo chamar brahma skol e adjacentes de BCB mas acham legal eles diluirem tanques defeituosos com tanques bons para mascarar o defeito. MEU DEUS DO CEU, isso eh evengelizar, mostra para o povo que isso acontece e mesmo assim dizer que eles tem qualidade. Só eu to vendo o absurdo que eh tudo isso, as proprias pessoas que acham pejorativo o termo BCB apoiam essas praticas ???
ONDE VAMOS PARAR ?????
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14 anos 9 meses atrás #9168 por Pablo Maz
Respondido por Pablo Maz no tópico Re:BCBs: em que circunstâncias ?
Renato . escreveu:

OK OK agora vai ver os defensores dizer que foi um caso isolado e bla bla bla, mas foi o extremo, imagina o que já não tomamos.


Fala, Renato!

Cara, não que se trate de um erro isolado, mas de um erro industrial e isso acontece.

Não estou fazendo uma defesa da qualidade das cervejas de massa nacionais, porque isso acontece e acontece muito. A maior prova disso é que qualquer um com um pouco de conhecimento identifica problemas com muita recorrência. Erros recorrentes que não são corrigidos, são sinais justamente de falta de qualidade, obviamente. São prova maior da falácia do modismo corporativo da "excelência na qualidade" e outras baboseiras. Só que a maioria das pessoas sequer sabe que esses problemas podem ocorrer (diferente de encontrar uma guimba dentro de uma garrafa). Aí as pessoas procuram explicações pra cerveja não estar boa: "tem que gelar mais", "não tá descendo bem hoje", "tá choca".

A questão é, como bem fala o Marcussi, cervejas tendendo a neutras não são necessariamente cervejas ruins. Não me lembro quem quem comparou, mas é uma situação comparável a um teste para pizzaiolo: peça a ele fazer uma pizza simples e veja se sai tudo certo. O desafio, numa escala de milhões de litros, é justamente fazer tudo certo.

Deixo claro que eu me amarrei nessa história de BCB (usei algumas vezes no fórum e em outras ocasiões fora do ambiente do Brejas), mas não dá pra negar que é pejorativo. Engraçado e pejorativo.rs

Abs!

P.S.: Muito bom esse tópico.

"The wheat is like a rich man; it’s sleek and well to do.
The oats are like a pack of girls, laughing and dancing too.
The rye is like the miser; it’s sulky, lean and small,
But the ripe and bearded barley is monarch of them all."
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14 anos 9 meses atrás - 14 anos 9 meses atrás #9169 por Pedro Fraga
Bicho, essa história da guimba de cigarro e água nas garrafas deve ter sido adulteração.

As mega cervejarias tem câmeras que fotografam N garrafas de cada lote quando prontas, pra ter maior controle sobre a produção e poder se defender desse tipo de reclamação.

Claro que não vou defender a AMBEV, longe de mim. Mas uma vez, eu e um amigo compramos umas garrafas de Skol na padaria (tem ANOS isso, me perdoem! rs) pra beber durante um jogo do Mengão e achamos ela esquisita (não o sem gosto habitual, mas uns off flavors mais característicos da Schin rs). Rolou um medo de estar estragada, mas ficamos com um feeling que era cerveja pirata. De qualquer forma, ligamos pra AMBEV que foi buscar a última garrafa fechada (jogamos as outras fora), deixou outra no lugar e pegou o endereço da loja onde compramos.
Ultima edição: 14 anos 9 meses atrás por Pedro Fraga.
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14 anos 9 meses atrás #9170 por um visitante
Respondido por um visitante no tópico Re:BCBs: em que circunstâncias ?
Alexandre Marcussi escreveu:

...quem disse foi Cilene Saorin (que trabalhou por muitos anos na Brahma, Petrópolis, Antarctica e AmBev, inclusive como mestra-cervejeira)...


Pode até ser, mas nada foi falado ou mostrado, também acho meio difícil os caras analisarem a cada etapa da produção porque a tubulação é até meio inacessível e não se vê nenhuma torneirinha (a não ser que tenha um coitado que entra nos tanques pra tirar as amostras. Hehehe...)

A visita à fábrica é rápida e bem dirigida a leigos (por isso tenho certeza que muita coisa foi escondida e o que estou "afirmando", na verdade, são suposições). Começa na mostura, ali mesmo o mestre explica os próximos passos tipo filtração, etc e então a galera é direcionada aos tanques de fermentação, uma visita rápida também com algumas explicações. Antes porém, a caminho da fermentação, uma rápida parada para ver o malte e o lúpulo (o milho não mostraram, hehehe). Depois da fermentação o pessoal passa por uma "sala de controle", ao lado da filtração (se não me engano). Nessa sala, que é bem pequena, ficam umas três pessoas checando todo o processo através de computadores (temperatura, pH e essas coisas), até que chega a hora de provar o "chope Skol", inclusive, talvez por ser novinha e não ter passado pela pasteurização, muito mais palatável que a Skol envazada que conhecemos, é um pouco mais cremosa e levemente mais encorpada, com espuma mais firme e duradoura. Aroma e paladar nulos, mas talvez por isso seja melhor (rsrsrsrsrs). A visita termina no envaze e pasteurização. Ao término, quando nos dirigíamos para o auditório, foi que reparei os engradados tomando um "bronzeado", a princípio achei que estivessem vazios e perguntei ao mestre cervejeiro, para minha surpresa ele disse que estavam ali aguardando para serem levados à área de carregamento.

E se a FEMSA fizer assim com a Heineken, hem ? Kakakaka... Vai fazer inveja a gambá !

:woohoo:
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14 anos 9 meses atrás #9171 por Gustavo Almeida
Pedro Fraga escreveu:

Bicho, essa história da guimba de cigarro e água nas garrafas deve ter sido adulteração.

As mega cervejarias tem câmera que fotografam N garrafas de cada lote quando prontas, pra ter maior controle sobre a produção e poder provar pro reclamante esse tipo de alteração.

Claro que não vou defender a AMBEV, longe de mim. Mas uma vez, eu e um amigo compramos umas garrafas de Skol na padaria (tem ANOS isso, me perdoem! rs) pra beber durante um jogo do Mengão e achamos ela esquisita (não o sem gosto habitual, mas uns off flavors mais característicos da Schin rs). Rolou um medo de estar estragada, mas ficamos com um feeling que era cerveja pirata. De qualquer forma, ligamos pra AMBEV que foi buscar a última garrafa fechada (jogamos as outras fora), deixou outra no lugar e pegou o endereço da loja onde compramos.


Estes dias eu estava assistindo ao Datena (desculpem-me. Não, eu não tinha NADA, absolutamente nada pra fazer) e vi a polícia prendendo o dono de um depósito que falsificava cervejas. O cara tirava o rótulo de uma Guitt´s e punha de Skol (coisa do tipo). Ou seja, estamos sujeitos a situações inimagináveis (falsificar cerveja? vai falsificar Rolex).


Renato

Acredito sim que, como o Marcussi falou, e o Guima não viu hehe, estas empresas multibilionárias façam rigorosos testes de qualidade. A escala é a mesma: se o cara faz bem, tem um lucro astronômico; se faz mal, tem um prejuízo astronômico. Segundo, eles tem as certificações que passam por auditorias frequentes (tudo bem, não garanto a idoneidade de ninguém, nem de auditores, mas pelo menos têm). Isso, ao meu ver, parece garantir uma certa padronização no produto, muito importante em produções nesta escala. Mas, ainda assim, estamos falando de produção. Distribuição e comercialização é outra história, ninguém vê o que acontece por aí afora (intempéries em geral).

Enfim, é muito mais difícil manter um padrão de sabor e qualidade em grande escala do que em pequena, por isso há essa preocupação. Sempre brinco com amigos que um produto "caseiro" tem como diferença básica para um produto "industrial" o fato de que apresenta mais coliformes (perdoem a ignorância, é brincadeira, apenas para ilustrar).

E também deixo claro que não pertendo defender nenhuma multinacional, longe disso (tem que esclarecer isso, senão queima o filme hehe)

Abraços
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14 anos 9 meses atrás #9174 por um visitante
Respondido por um visitante no tópico Re:BCBs: em que circunstâncias ?
Sobre as guimbas com água nas garrafas posso afirmar que foi adulteração sim, nesse sentido vou defender a AmBev. O que o confrade ai falou é verdade, no envaze as garrafas passam por um criterioso exame mecânico, é câmera pra tudo quanto é lado filmando as garrafas de todos (TODOS) os ângulos. Eu vi isso. Inclusive não só filmam "normal" como tem câmeras especiais (tipo infra vermelho ou alguma coisa assim que identifica até se a cor, mesmo dentro da garrafa e já tampada, está ok), detectam a mínima irregularidade, se numa garrafa apresentar um fragmento mínimo ela é descartada (e vocês não imaginam quantas garrafas são descartadas, nos 10 minutos que fiquei lá foram várias Antes do envaze em si, quando as garrafas saem da lavagem e esterilização, também são examinadas por câmeras, as que estiverem com o mínimo defeito (quebradas, nem que seja um pedaço minimétrico) também é descartada. Essa parte da visita é talvez a mais da hora, e vocês precisam ver a rapidez com que é feito esse processo. Além disso tem uns monitores divididos em quandros mostrando os vários ângulos das filmagens, quando algum erro é detectado o quadro que mostra o problema dá uma rápida piscada e a imagem é salva para posterior conferência, se for o caso.

Xiii... Já ouvi histórias medonhas daquele meu camarada que trampa na AmBev, nego de caminhão faz altas gambiarras com as brejas e com os equipamentos também, simulam assalto pra ficar com geladeira, mesa e cadeira, etc.
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