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Marcio, você poderia falar um pouco sobre como os gritz de milho/arroz e high maltose são utilizados na indúsria eou processo de fabricação? seria interessante saber mais sobre isso.
Definitivamente não se trata de descuido na brassagem. São indústrias multibilionárias que operam em escalas assustadoras, não pode haver nenhum descuido. Se o mestre-cervejeiro armazenar o malte em condições erradas por alguns dias, vai contaminar hectolitros de cerveja com mofo e estará com o emprego na berlinda, certamente. Para vc ter uma ideia do tipo de controle do processo, existem equipes de degustadores profissionais que provam a cerveja em cada uma das etapas de produção para se certificarem de que nada está errado(e para corrigirem qualquer desvio o mais rapidamente possível). Todas as etapas mesmo: os caras provam desde o malte, o lúpulo e a água antes de eles entrarem no mosto até a cerveja depois de engarrafada. Ou seja: também não é insumo de "segunda categoria".A má qualidade dos insumos, o descuido na brassagem?
tiago lucas escreveu:
Definitivamente não se trata de descuido na brassagem. São indústrias multibilionárias que operam em escalas assustadoras, não pode haver nenhum descuido. Se o mestre-cervejeiro armazenar o malte em condições erradas por alguns dias, vai contaminar hectolitros de cerveja com mofo e estará com o emprego na berlinda, certamente. Para vc ter uma ideia do tipo de controle do processo, existem equipes de degustadores profissionais que provam a cerveja em cada uma das etapas de produção para se certificarem de que nada está errado(e para corrigirem qualquer desvio o mais rapidamente possível). Todas as etapas mesmo: os caras provam desde o malte, o lúpulo e a água antes de eles entrarem no mosto até a cerveja depois de engarrafada. Ou seja: também não é insumo de "segunda categoria".A má qualidade dos insumos, o descuido na brassagem?
O que o pessoal às vezes não entende é que a tarefa desses mestres-cervejeiros é justamente fazer a cerveja mais insossa e neutra que eles conseguirem. E não é fácil: vc mascara defeitos com facilidade numa receita de sabor marcante, mas não tanto numa receita sem sabor. Eles não estão tentando fazer o que nós entendemos como uma boa cerveja; porque sabem que, se fizerem isso, o público vai rejeitar e não vai consumir na escala na qual essas empresas operam. O objetivo é fazer a cerveja mais próxima possível da água, para ser consumida na maior quantidade possível, pelo maior número possível de pessoas. Não pode ser uma coisa que Cicrano curte, mas Beltrano não vai gostar, não pode ser um produto de nicho como são as especiais (que têm tanta variedade de estilos e perfil que cada pessoa se identifica mais com um). Tem que ser "passável" para todo mundo. Há defeitos, sem dúvida, mas muitos deles advém também da escala de operação dessas cervejarias, que obriga a tempos de maturação enlouquecidamente curtos para uma lager e expõe as cervejas a esquemas descuidados de distribuição.
O resultado, como não poderia deixar de ser, é uma cerveja insossa e sem a menor personalidade. Mas é exatamente o que as empresas querem fazer, então nem sei se dá para dizer que não fizeram direito.
tiago lucas escreveu:
Para vc ter uma ideia do tipo de controle do processo, existem equipes de degustadores profissionais que provam a cerveja em cada uma das etapas de produção para se certificarem de que nada está errado(e para corrigirem qualquer desvio o mais rapidamente possível). Todas as etapas mesmo: os caras provam desde o malte, o lúpulo e a água antes de eles entrarem no mosto até a cerveja depois de engarrafada.
Não foi esse cuidado todo que vi na AmBev não, viu Marcussi ? Conforme nos mostrou o mestre cervejeiro, a não ser que ele estivesse mentindo (porque algumas coisas que ele disse eu tenho certeza que foi mentira, hehehe), mistura-se o malte à água num tanque, "aperta-se um botão" e tcham ! Como mágica, em 4 ou 5 dias, a cerveja sai quase pronta na outra ponta do processo, o cara fica monitorando pelo computador (monitorando porque é tudo automatizado). Ai sim, daqueles tanques enormes saem umas torneirinhas pro mestre provar (se é que prova todas mesmo). Então vai pro envaze, pasteurização e rotulagem. Em 6 ou 7 dias a Skol tá prontinha no caminhão pra ser distribuída.
Outra falta de cuidado que pude observar, a área de carregamento (onde estacionam os caminhões) é coberta, mas até chegarem lá os engradados ficam tomando um solzinho, e sem Sundown !
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