Contaminação nas cervejas de rolha da Wals

Fernando Passos escreveu: Recebi hoje resposta do José Felipe, ds Wals:

Olá Fernando, 

Bom dia . Muito obrigado pelo feedback. Eu pessoalmente resolvo todos os problemas com lotes de cerveja, e é com muito pesar que notifico as críticas. Agradeço o carinho em nos procurar mesmo após ter tido tantos problemas. A rolha com problema atrapalhou alguns consumidores e nos deixou muito mais tristes que imagina. 

Peço a gentileza de me enviar seu endereço, faço questão de bonificar a sua compra. 

Garanto à você que as medidas já foram tomadas, o material do polímero da rolha foi trocado e esperamos que isto não ocorra mais. 


Abraços, 

Que ótimo saber que tomaram as devidas providências... mais que necessário pra honrarem as excelentes cervejas que produzem: Dubbel, Petroleum e Niobium são, na minha humilde opinião, algumas das melhores cervejas nacionais no momento!!

Eu estive na Wals semana passada, em conversa com o Sr Miguel, pai do Zé Felipe e do Thiago, ele me disse que o produtor das rolhas mudou o eslastomero da rolha, que era importado por um nacional e não os avisou. O Elastomero nacional se rompe e não veda de forma adequada a garrafa, por isso os problemas. Eles usaram essas rolhas por quase 10 meses entes de serem notificados. Brasil é fogo, quando vc tenta fazer algo especial, realmente diferenciado (e sem a alcunha tipo exportação), se fode devido a ineficiência de outros.

Eu fico abismado com esse tipo de situação. Deve haver centenas de garrafas de cerveja Wäls danificada circulando no mercado, enquanto a cervejaria reconhece o problema, admite que ele foi recorrente durante 6 meses, mas mantem o produto danificado no mercado, como se nada tivesse acontecido. Quem paga pelo problema entre a cervejaria e seu fornecedor é o consumidor.

E essa é a cervejaria que ganhou o prêmio mais prestigioso já dado a uma cerveja brasileira. Esse mercado ainda tem que amadurecer muito para ficar sério.

Se fosse só durante 6 meses que a rolha não prestou estaria até bom! Não podemos esquecer que a degustação vertical feita pelos confrades Paulo e Phil Zanello no canal degustube constatou que todas as Petroleum estavam azedas, inclusive a fabricada em 2012.

Fernando M Pacheco escreveu: Eu fico abismado com esse tipo de situação. Deve haver centenas de garrafas de cerveja Wäls danificada circulando no mercado, enquanto a cervejaria reconhece o problema, admite que ele foi recorrente durante 6 meses, mas mantem o produto danificado no mercado, como se nada tivesse acontecido. Quem paga pelo problema entre a cervejaria e seu fornecedor é o consumidor.

E essa é a cervejaria que ganhou o prêmio mais prestigioso já dado a uma cerveja brasileira. Esse mercado ainda tem que amadurecer muito para ficar sério.

Pois é. Não é que não exista culpa do fabricante da rolha, mas fazer a 'mea culpa' e assumir que também tá errado é difícil

Acho que a repercussão negativa do caso da contaminação nas cervejas de rolha da Wals foi considerável. Já ouvi de dois vendedores de estabelecimentos que trabalham com brejas artesanais que há clientes que dizem que "não compram mais da Wals" ou que "vão demorar a voltar a comprar da Wals". Claro que pode ser uma impressão geral pouco precisa, mas foi o que eu ouvi. De fato, com essa tensão e desinformação no ar é plausível pensar que muitos vão hesitar por um tempo em comprar uma long neck da dubbel, tripel, quadruppel (com preços de 15 a 18 reais, pelo menos aqui no Rio) ou a imperial stout da cervejaria (uns 20 reais) se, por exemplo, há na mesma prateleira um rótulo do mesmo estilo, de boa qualidade e, às vezes, 3 a 5 reais mais barato. Esse final de semana tomei a Wals EAP Barley Wine (envasada com rolha) e estava muito boa, não detectei nenhum problema.