Odimi Toge escreveu: As geuze que vem em garrafas de 375 ml como a da Wals costumam vir com uma tampa normal e uma rolha interna, apenas dentro do gargalo. Imagino que isso diminua o uso da cortiça ao mesmo tempo que protege contra explosões.
Salvo engano, quem estabeleceu esse padrão de rolha interna + tampinha para as lambics foi a Cantillon, depois de vários experimentos. O problema é que, só com a rolha, às vezes havia vazamento devido à enorme pressão na refermentação (gueuze refermentando não é brincadeira), mas, só com tampinha, a pressão era excessiva. Combinando os dois, a rolha segura a pressão e a tampinha evita vazamento.
E, sim, todas as Wäls eram vendidas com tampinha no começo. Com o lançamento da Quadruppel, a cervejaria migrou toda a linha belga para garrafas com rolhas. As garrafas com tampinha, na época, já tinham um problema de contaminação e acidez, e a mudança para a rolha, em teoria, serviria para evitar isso. Mas o fato é que os preços duplicaram mesmo. Antes, eu comprava dubbel e tripel por R$ 8 aqui em Sampa. As rolhas usadas na época eram de cortiça de granulação grande, como as de espumantes, que são se ótima qualidade - mas realmente era um parto para desarrolhar. Depois é que vieram as rolhas sintéticas, e o problema da contaminação voltou.
Por mim, a Wäls também usaria apenas tampinhas, deixando a rolha para as garrafas de luxo, de 750ml (que serviriam mais para presentear, na minha concepção).