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Edson Marquezani Filho escreveu: Alguns acham que o mercado dá conta de auto-regular tudo e garantir que todo mundo vai ter o que deseja. Eu, particularmente, não acho que as regras do Capital dão conta de resolver todos os problemas de forma tão simples assim como você diz. Isso porque a força das duas partes (consumidor X produtor) não são tão equalizadas assim. Como já foi mencionado por aqui, grandes empresas não simplesmente oferecem os produtos que queremos comprar, eles tentar determinar o que a gente gosta.
Diogo Olivares escreveu: O problema maior de consolidação de mercado é o já citado controle. Dá pra ditar o preço (escala), dominar pdvs (mercados).
Os empórios ainda vão existir, mas a maioria dos consumidores de ''cerveja premium'' têm acesso a esses produtos no mercado, no bar, muitas vezes com contrato de exclusividade, mais atraente ainda pro pdv quando se tem Colorado e Wals pra oferecer. É uma distorção de consumo. O Pão de Açúcar da minha cidade diminuiu pela metade a variedade quando chegou a linha da Bohemia, e já me decepcionei em 2 bares com boas cartas que, num segundo momento, assinaram exclusividade e me deixaram sem as opções que eu gostaria. Antes do consumidor ''iniciante'' chegar a se arriscar em cervejas diferentes em um empório, ele vai provavelmente consumir muita Ambev ''premium'', pois ela inteligentemente vem adquirindo marcas de grande visibilidade pra justificar contratos de exclusividade. Ou seja, qualitativamente, a experiência de consumo piorou e eu não posso concordar com isso e achar normal. É errado do ponto de vista de uma das principais graças da cerveja artesanal: variedade de opções, liberdade plena de escolha, de tomar o que você quer e não o único mix de produto que te oferecerem. A estratégia da Ambev distorce o consumo, controla o que as pessoas consomem, e isso é inaceitável.
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