Colorado estaria em negociação com Ambev

Edson Marquezani Filho escreveu: Uma coisa eu sei: a Ambev gosta de DINHEIRO, não de cerveja, ao contrário de muitos dos fundadores de artesanais, que começaram o negócio mais por paixão e não por uma decisão fria de investimento. Na hora em que a Ambev precisar tomar uma decisão que relacione cerveja X dinheiro, a gente já sabe pra que lado a corda vai estourar.

Assino embaixo. Um grupo de investidores endinheirados e extremamente agressivos que sequer tem apreço pela cerveja não hesitaria em corromper receitas originais em prol de uma maior lucratividade. Ainda que de forma gradual e sutil, para não causar alarde...
 

Eu sinceramente gostaria de entender o medo a respeito de uma eventual compra da Colorado pela Ambev. Vocês acham Leffe, Hoegaarden, Franziskaner, Löwenbräu (só pra citar algumas) tão corrompidas assim após integrarem o universo AB-INBEV?

Concordo com o Odimi,acho que essa possível compra tem mais a agregar,o nicho das artesanais só cresce e a AB-INBEV ve isso com bons olhos($$$$$).

Realmente... eles já tem o lucro com as SAL de massa, e querem também lucro com "artesanais". O segundo só sendo possível com um produto de qualidade, não tem razão pra mudarem receitas, etc.

Mas acho que ser de um grande grupo atrapalha em uma coisa: criação de receitas mais criativas!

Odimi Toge escreveu: Eu sinceramente gostaria de entender o medo a respeito de uma eventual compra da Colorado pela Ambev. Vocês acham Leffe, Hoegaarden, Franziskaner, Löwenbräu (só pra citar algumas) tão corrompidas assim após integrarem o universo AB-INBEV?

Todas que você citou são importadas, Odimi, embora pertençam ao mesmo grupo. Não sei como é a legislação em outros países, mas uma coisa é você comprar uma Spaten-Franziskaner, cervejaria secular de um país com uma lei específica sabidamente mais restritiva como a Alemanha, e outra coisa é você comprar uma microcervejaria do interior de um Estado aqui em terra brasilis. As possibilidades de "manipulação" no segundo caso, a meu ver, são maiores. Não quero dizer que isso necessariamente vai acontecer, mas não descarto a possibilidade.

Este não é o cenário que gostaria de ver. Gostaria de micros independentes, livres desse jogo selvagem de metas de lucro e pagamento de dividendos e bônus das grandes que norteiam todas as suas "tomadas de decisão". Mas estou ciente de que a realidade capitalista não favorece isso e que, no final das contas, não passo de um sonhador...
 

Entendi o seu ponto, Claudinei.


Quanto à independência das micros e à criatividade (mencionada pelo Gabriel), também não vejo problemas. Gosto de ver o mercado dinâmico com novas cervejarias independentes e criativas surgindo enquanto outras tomam um rumo diferente e acabam incorporadas pelas macro. Penso que essa diversidade é boa para o consumidor. Me agrada chegar na prateleira e ver uma Mikkeller, uma Noturna, uma Leffe, uma Invicta, uma Ballast Point, uma Jade e uma Budweiser. Tem espaço pra todo mundo.