Pablo Azeredo escreveu:O Roberto Fonseca (do B.O.B.)
fez um post
sobre o lançamento das cervejas da Brooklyn no Brasil. Nele, elogiando a East India Pale Ale, aproveitou para citar o Garrett Oliver, mestre-cervejeiro da Brooklyn, que andou criticando no NYT algumas IPA's extremas que andaram saindo por lá.
" 'A cerveja mais lupulada’(…) parece uma busca idiota, como um chef apresentar ‘o prato mais salgado de todos’. Jogar lúpulo em um pote é fácil, mas você consegue fazer com que (a cerveja resultante) fique bela?".
Não sei o contexto da afirmação do Garret, mas a crítica é pertinente.
Olha, é verdade. Mas essa coisa da busca pela cerveja extrema tem o mérito de revelar novas técnicas e empurrar os limites. A comparação com o sal foi exagerada, mas serve de alerta para que essa busca pelo extremo não afaste as pessoas do médio, do equilibrado.
IBU alto é uma coisa mais complicada do que parece ser. As técnicas para que a extração dos componentes de amargor sejam maximizadas têm evoluído graças a esse exagero das extremas. Alcool, lúpulo, malte, cor, etc.. A cerveja extrema abre o caminho para quem deseja algo mais equilibrado aproveitar uma técnica diferente.
É como o carro de passeio aproveitando tecnologia desenvolvida na Formula 1.