Que as cervejarias artesanais são um grande fator no mercado americano não há dúvidas. A força delas é comprovada pela fatia do mercado que possuem, na tendência de crescimento de tal fatia (em um momento em que o consumo de cerveja diminui nos EUA), nas aquisições das corporações e nos lançamentos de rótulos com cara de artesanal pelas grandes (apelidados de crafty).
Mas acredito que a estratégia da AB-Inbev seja mais maquiavélica (e o Bob até levantou essa bola ontem no Facebook), enquanto por um lado ela de enraíza entre as cervejarias micro com aquisições, na fatia macro do mercado, ela busca a polarização entre os consumidores de craft e quem toma as cervejas de massa. Por isso tanto esteriótipo na peça publicitária.
Por mais que alguns beerchatos chamem muita atenção, eles deixaram o consumidor comum mais atento a não levar a sério aquele amigo gente boa, que gosta das especiais, toma cerveja de massa, mas faz uma piada ou outra no estilo "hoje vou tomar suco de milho".
Nesse sentido, essa polarização está mais próxima do que a gente imagina.