Budweiser ironiza as artesanais no Superbowl

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9 anos 11 meses atrás #59702 por Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu
Fernando, não sei se briga pode ser evitada. Há interesses que vão muito além da mera escolha livre de tomar uma cerveja ou outra: investimentos no mercado financeiro, concentração de mercado, formação de oligopólios e por aí vai. O artigo do Jota vai um pouco nesse sentido, ainda que não trate especificamente da estratégia de marketing da Budweiser. Em outras palavras, a Bud ataca as artesanais, mas compra algumas micro que considera estratégicas... o que isso nos levará no longo prazo? Eu realmente não sei, mas apenas acho que daqui a pouco teremos que avaliar outras variáveis para além da livre escolha do que beber, pois os interesses econômicos em jogo não são pesados ou pesadíssimos... são gigantescos.

www.ocontadordecervejas.com.br/a-fusao-b...-cervejas-do-brasil/
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9 anos 11 meses atrás #59703 por Alexandre Almeida Marcussi
Por outro lado, Eduardo, há que se considerar que os mercados capitalistas do século XXI funcionam de forma muito diferente dos mercados capitalistas de meados do século XX. A concentração de capitais que se avizinha no século XXI (e que parece inevitável em todos os ramos da economia, segundo os especialistas) não terá necessariamente os mesmos efeitos, em termos de portfolio de produtos, da concentração que ocorreu na segunda metade do XX. Acho que o texto do Jota deixa de levar esse fator em consideração, e isso torna difícil prever os efeitos da concentração no futuro a partir dos exemplos do passado recente.

Uma coisa é certa: teremos precarização das relações de trabalho, concentração de renda e capitais e entraves ao empreendedorismo no século XXI. Mas não sabemos o que isso vai significar no que toca à oferta de produtos e serviços em um mercado que permite a exploração eficaz da chamada "cauda longa".

ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
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9 anos 11 meses atrás - 9 anos 11 meses atrás #59704 por Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Por outro lado, Eduardo, há que se considerar que os mercados capitalistas do século XXI funcionam de forma muito diferente dos mercados capitalistas de meados do século XX. A concentração de capitais que se avizinha no século XXI (e que parece inevitável em todos os ramos da economia, segundo os especialistas) não terá necessariamente os mesmos efeitos, em termos de portfolio de produtos, da concentração que ocorreu na segunda metade do XX. Acho que o texto do Jota deixa de levar esse fator em consideração, e isso torna difícil prever os efeitos da concentração no futuro a partir dos exemplos do passado recente.

Uma coisa é certa: teremos precarização das relações de trabalho, concentração de renda e capitais e entraves ao empreendedorismo no século XXI. Mas não sabemos o que isso vai significar no que toca à oferta de produtos e serviços em um mercado que permite a exploração eficaz da chamada "cauda longa".


Concordo, Marcussi. Mas, além da precarização das relações de trabalho, temo particularmente por outro processo sócio econômico: concentração de poder econômico reverbera (não determina, é claro) em poder político. O que será, por exemplo, das tentativas de incentivar (projetos de lei, incentivos fiscais) as micro cervejarias no Brasil? Seriam elas dificultadas pela crescente força dos conglomerados? É uma hipótese que está na mesa.

Acho que um desdobramento interessante do texto do Jota é esse: não dá para ficar restrito ao papo "será que a Wals perde qualidade"? "Será que Wals diminui preço?" "Será que Wals estará mais presente em outras regiões do Brasil"? Essas são questões relevantes, mas os desdobramentos dessas aquisições vão MUITO além das paredes da Wals.
Ultima edição: 9 anos 11 meses atrás por Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu.
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Diogo Olivares, Alexandre LC
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9 anos 11 meses atrás #59705 por Eduardo Guimarães Insta @cervascomedu
em tempo: considerando que a Ambev tem um valor de mercado de mais de 100 bilhões de dólares, devemos sempre estar atentos às variáveis que estão em jogo... e que vão muito além da Wals.
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9 anos 11 meses atrás - 9 anos 11 meses atrás #59706 por Alexandre LC
Excelente prisma! Cartelização.
Ambev no topo quase sozinha...
Brasil Kirin e FEMSA logo abaixo...
Grupo Petrópolis lá embaixo na base...
E debaixo da água, todas as cervejarias artesanais que tentam não morrer afogadas ou ser engolidas por esses tubarões. Digo, um tubarão branco e dois peixinhos nervosos :huh:



Segundo dados da consultoria Economatica, a Ambev é a maior empresa da América Latina, com um valor de mercado de U$120,1 bilhões
Market share em 2009: AmBev (InBev) (70%), Grupo Schincariol (11,6%), Cervejaria Petrópolis (9,8%), Heineken (6,9%), Outros (1,73%).

Junte-se ao grupo para nos informarmos das principais promoções de cervejas e produtos cervejeiros no Brasil.

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Ultima edição: 9 anos 11 meses atrás por Alexandre LC. Razão: inclusão da FEMSA
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9 anos 11 meses atrás #59710 por Marcelo Vodovoz
faltou a heinekenBR

Alexandre LC escreveu: Excelente prisma! Cartelização.

Ambev no topo quase sozinha...

Brasil Kirin logo abaixo...
Grupo Petrópolis lá embaixo na base...
E debaixo da água, todas as cervejarias artesanais que tentam não morrer afogadas ou ser engolidas por esses tubarões. Digo, um tubarão branco e dois peixinhos nervosos :huh:



Segundo dados da consultoria Economatica, a Ambev é a maior empresa da América Latina, com um valor de mercado de U$120,1 bilhões

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