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Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Se quisermos viver em uma cultura democrática, precisamos cada vez mais nos acostumarmos às manifestações de insatisfação. Elas vieram para ficar, e esse direito deve ser salvaguardado.
Fernando Pires escreveu:
Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Se quisermos viver em uma cultura democrática, precisamos cada vez mais nos acostumarmos às manifestações de insatisfação. Elas vieram para ficar, e esse direito deve ser salvaguardado.
Grande Doutor Marcussi, primeiramente o parabenizo pelo título (neste momento já deve ter defendido sua tese), é sempre um prazer poder debater com alguém inteligente como você, mesmo não concordando em parte com suas posições, mas que são merecedoras de crédito pelo conhecimento que possui.
Como eu disse no comentário anterior, eu critico apenas o extremismo e a radicalidade, e não concordo com o fato das pessoas se sentirem ofendidas por coisas simples, generaliza-se tudo; o que tb não concordo é que antes também era assim e "eram os alvos que não se manifestavam", hj em dia as pessoas se ofendem com mais facilidade, isso gera extremismos e ódios, na minha modesta opinião.
Como exemplo cito uma entrevista do Pelé recentemente sobre o caso do goleiro Aranha do Santos. Ele disse que na época que jogava não se sentia ofendido por chamarem ele de tudo que é nome; outro exemplo é o do jogador Daniel Alves do Barcelona, jogaram uma banana em sua direção, ele apanhou, descascou e comeu, pronto, certamente não vão mais querer praticar racismo contra ele e se o fizerem, não vão ter o resultado que almejam.
As pessoas querem se manifestar, ótimo, mesmo achando que na maioria das vezes não tem fundamento se sentirem ofendidas ou vítimas, mas reconheço que é um direito subjetivo que cada um tem.
Mas que é chato é Levemos a vida menos a sério nos resguardando para coisas mais importantes.
Abraços.
Milu Lessa escreveu: Adoraria comentar a fundo nesse tópico, infelizmente, embora me sobre tempo, falta-me estômago e disposição, porque é elementar que tem muita gente, geralmente os mais apaixonados, que não entende o conceito de sexismo e acha que porque há mulheres em posição de destaque e porque não somos barradas em eventos cervejeiros, que não há machismo na cena artesanal naciona, o que chega a ser uma concepção ridícula, de tão rudimentar. Os EUA elegeram um presidente negro, por isso podemos dizer que não há mais racismo lá? O Marcussi já disse praticamente tudo o que eu penso, de uma maneira polida e didática. Só não sei se perceberam uma coisa que acho sintomática: não há sequer uma única mulher comentando nesse tópico, sendo que são elas as mais interessadas. Assevero que não é por falta de opinião, mas por termos cansado de ouvir termos e expressões ofensivos e deletérios que chovem aos cântaros, ato contínuo, sempre que cometemos a "ousadia" de reclamar do que quer que seja que denominamos sexista: feminazi, mimimi, coitadismo, chorume, vitimismo, falta do que fazer, mal comidas, falta de pica, pia de louça pra lavar, attention whore, vagabunda e afins. E para quem acha que eu estou exagerando, vejam os comentários da discussão sobre uma cerveja da nacional: www.facebook.com/cervejarianacional/phot...312555115044/?type=1 . Não estou entrando no mérito se as reclamações procedem ou não, mas quando vários homens começam a chamar feministas de vadia para baixo, tratando-as com sarcasmo e desprezo, acho que fica complicado dizer que não há machismo no meio cervejeiro artesanal...
Eduardo Guimarães escreveu: Por isso, sugiro humildemente que você reflita sobre o fato desse novo cenário ser mais chato do que o anterior.
Eu não citei religião justamente pra não ofender ninguém. E apenas apontei um história que consta no livro. Não foi a mulher que comeu o fruto proibido e resultou na não imortalidade da humanidade? Ou foi um homem?Fernando Passos escreveu:
-Só uma nota, que relutei em escrever para não distoar, é engraçado que numa discussão em que alguns apontam machismo no mundo cervejeiro não vejam problemas em destilar preconceitos contra uma religião sem nem ao menos ter a decência de citá-la de forma direta...
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