Rafael, pelo que entendi, todo o trabalho dele parece ser voltado para o mundo dos vinhos. Eu não o conhecia. Fiquei com a sensação de que a Folha está fazendo exatamente o oposto do que esperávamos dessa coleção: glamorização da cerveja.
Renato, não sei se entendi seu questionamento sobre as nomenclaturas... Você se refere ao uso, pelo autor, de termos como "cerveja de trigo"? Se for isso, eu considero errado na medida em que puder gerar ambiguidade. Não considero errado dizer, por exemplo, que witbier é uma cerveja de trigo, porque ela é! Tampouco consideraria errado se, sei lá, o autor resolvesse chamá-la de cerveja branca. Mas considero um erro de edição dizer que a Bélgica é famosa pelas cervejas de trigo, em razão da ideia que isso passa no Brasil. De qualquer forma, aquela descrição nem foi escrita pelo autor. Ela de fato é proveniente do Oxford Companion to Beer. Só espero que a coleção não seja também, né? Mas eu não sei se era disso que você estava falando...
Renato e Clésio, dos livros que eu tenho, os que eu mais gosto já foram citados: o Tasting Beer, do Randy Mosher, que ainda não foi traduzido para o português; o Brewmaster's Table (A Mesa do Mestre Cervejeiro, em português), do Garrett Oliver; o Beer (Guia Ilustrado da Cerveja, em português), do Michael Jackson, embora eu suspeite que o The New World Guide to Beer, que o Fernando mencionou, seja melhor que o Beer; e o Great Beers of Belgium, mais específico, do Michael Jackson.
E, assim, eu não acho que a Larousse não seja uma opção válida. Acho um livro superdidático, e o que mais me incomoda nem são os eventuais erros, e sim os trechos claramente traduzidos. Não gosto de encontrar tradução em material vendido como original, especialmente quando a tradução não está boa e prejudica o entendimento. Ainda assim, não acho que esses problemas invalidem a Larousse. Desde que o consumidor saiba que eles existem, pode ser uma boa compra. A coleção da Folha, por outro lado, parece que será apenas uma compilação de materiais, na melhor das hipóteses. Para quem ainda não tem muitos livros, pode ser interessante. Para quem já tem os livros que provavelmente serviram de base, talvez não seja tanto.