Discrepância entre os preços das brejas - desabafo

Este o país da exploração sem nenhum limite nem vergonha na cara...

Kra depois que eu vi uma porção pequena de isca de peixe no guarujá por 50 reais nada mais me assusta.

<strong>T. Muraro escreveu:</strong>

Concordo, Milu.

Em um outro post tinha um confrade vendendo um kit Westv por mil e poucos pilas. Fiquei indignado e externei isto, mas muitos outros posts me fizeram refletir e me convenceram do seguinte: cada um põe o preço que quer, mas só paga quem quiser.

Isso ocorre para todos os produtos, gasolina, por exemplo. Não importa o tamanho da mobilização, as coisas são como são.

Isto não é um discurso conformista, mas as lojas/importadores/bares que realmente quiserem manter uma clientela de longo prazo, farão os preços (mais) justos que forem possíveis de serem feitos.

Quanto aos que tem oportunidade, devem esbaldar-se no exterior

"cada um põe o preço que quer, mas só paga quem quiser."


Isso é bem verdade, quando não é algo de extrema necessidade.

Entendo teu comentário, Malta. Concordo e sou contra valores exorbitantes.

Mas sempre procuro crescer com as visões e opiniões do outro e, calcado em minha profissão, pergunto-me ainda assim, o que seria um produto de extrema necessidade? O que seria um preço abusivo? Na visão de quem? Com base no salário mínimo brasileiro?

Enfim, conforme descrevi no último post, imagino que essa prática de imposição de preços e o pagamento de quem queira, já é efetuada amplamente em tudo que consumimos. Porém, por vezes temos escolhas, mas na maioria das vezes não.

Tem muita gente abusando das margens de lucro mesmo... mas o governo tb não fica pra trás...

Cerveja por exemplo faz parte de uma cesta de bens que se cobra ICMS por substituição tributária, ou seja, os governos estaduais definem, sabe-se lá como, qual a margem de lucro do setor e já cobra na fonte (fábrica, importadora)o ICMS sobre essa margem hipotética... é muito grilante, pq cada estado define o ICMS e a tal margem (MVA).

Exemplo, em SP o ICMS estima um MVA de 70% e cobra 12% de imposto sobre o preço da cerva acrescido dessa margem. Em MG é mais tenso... 140% de margem, e o ICMS é de 18%, ou seja, o custo de uma cerva aki já é bem maior que o de SP, de cara... não tem jeito. Obviamente o lojista joga isso pro cliente e ele tem duas opções, reduzir a margem dele, ou manter a margem alta e a cerva vai lá pro teto...

Não tem jeito, governos, lojistas, cada um vai morder o máximo q puder...

Saulo mas TODOS pagam o mesmo ICMS, isso não explica pq em lojas diferentes no mesmo shopping como era o Mr Beer e o Emporio Sta Terezinha terem preços tão diferentes.

Aí eh a ganancia mesmo.