Vocês já jogaram cerveja fora?

Milu Lessa escreveu:

Eu joguei fora a metade que sobrou de uma Bohemia Confraria que estava com cheiro de bueiro, horrenda! O Marcussi me falou o nome desse problema, mas quem disse que eu lembro? rsrsrs

O nome desse problema é AMBEV!

apesar da qualidade discutível de suas cervejas, é a primeira vez que vejo alguem dizer que jogou fora por estar ruim. Acho que este erro é muito dificil de ser cometido por uma mepresa do porte deles.

Pedro Fraga escreveu:

Milu Lessa escreveu:

Eu joguei fora a metade que sobrou de uma Bohemia Confraria que estava com cheiro de bueiro, horrenda! O Marcussi me falou o nome desse problema, mas quem disse que eu lembro? rsrsrs

O nome desse problema é AMBEV!

Hahahahahaha! Maldade! Mas isso também ocorre nas melhores famílias como foi o caso da Bamberg Weizenbock no 2º Encontro.

Ivan Bustamante escreveu:

apesar da qualidade discutível de suas cervejas, é a primeira vez que vejo alguem dizer que jogou fora por estar ruim. Acho que este erro é muito dificil de ser cometido por uma mepresa do porte deles.

Ivan, como bem disse o Jean aí em cima, esses problemas que inviabilizam algumas brejas ocorrem até nas melhores famílias, só que na AMBEV, com muito mais frequência. A questão não é porte, é qualidade de produto e as brejas da AMBEV são campeãs em off-flavours e afins...

Milu Lessa escreveu:

as brejas da AMBEV são campeãs em off-flavours e afins...

Podem até ser campeãs mesmo, mas quase sempre esses off-flavors são criteriosamente controlados dentro da cervejaria, justamente para evitar que uma breja cause essa reação de rejeição imediata. Vc abre uma cerveja das macros e pode sentir com facilidade ovo, papelão, metálico, caprílico, mercaptano (era esse, Milu), DMS, mas raramente em concentrações tão críticas a ponto de causar esse tipo de rejeição imediata do consumidor normal. Os caras tem paineis de degustadores muito feras cuja função é justamente detectar esses off-flavors e indicá-los para que eles sejam controlados no processo ou os tanques defeituosos sejam diluídos em outros tanques que não apresentam defeitos. Sempre com o intuito de evitar esse tipo de reação.

Eu só tomei uma única breja que foi para o ralo: chamava-se Bella, e é produzida pela Cervejaria Premium, do sul de Minas (a mesma que produz a ótima Bauhaus). Ácido caprílico e mercaptano estavam tão acentuados que não tive outra escolha a não ser jogar tudo fora. Tomei dois goles e já embrulhou o estômago. Isso é rejeição. Tenho quase certeza de que peguei um lote com problemas de acondicionamento, porque nenhuma cervejaria lança no mercado uma cerveja com aquelas características. No mais das vezes, sou bem tolerante a off-flavors: já tomei de boa até cerveja com ácido butírico (que dá um desagradabilíssimo aroma de vômito de bebê).

Bom, Marcussi, daí vai do nariz, paladar e limiar de tolerância de cada um, né? Aposto que muita gente beberia aquela Confraria inteira, pra mim não deu. Por outro lado, eu encarei uma Bohemia Weiss que a Clara disse que tinha cheiro de vinagre e da qual se recusou a beber mais que um mero golinho! E sim, é esse mesmo o nome do bendito, mercaptano, nunca lembro!

Aliás, vc vai ficar bravo se eu te disser que naquela Gouden Carolus Christmas cujo gole roubei da sua taça eu senti nitidamente esse ácido butírico? Ato contínuo fiz uma careta e cochichei no ouvido do Israel: essa breja tem cheiro de vômito. Pensei que fosse viagem minha, mas agora que vc falou que esse pau tem até nome, bem, foi isso que eu senti. Pode ser que eu estivesse doida pra sentir isso numa Gouden Carolus ou apenas bêbada mesmo, vai saber!