Degustação do fim de semana...

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10 anos 5 meses atrás #54841 por Eduardo Gonçalves Silva
Comprei algumas cervejas especiais e as apresentarei a alguns amigos. Gostaria de saber qual a melhor ordem de servi-las. Sirvo primeiro as mais complexas e alcoólicas ou as mais simples?
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10 anos 5 meses atrás #54846 por Alexandre Almeida Marcussi
Primeiro sempre as mais simples e leves, e depois as mais intensas e alcoólicas. Boa degustação!

ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
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10 anos 5 meses atrás #54853 por Eduardo Gonçalves Silva
Obrigado por responder, Alexandre. Estou neste universo há pouco e de outras vezes servi primeiro as mais complexas.
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10 anos 5 meses atrás #54873 por Gustavo Silva
O final de semana foi de cervejas próprias:

- Southern English Brown Ale: não ficou muito fiel ao estilo, talvez pelo fermento que foi utilizado. Lembrou uma mistura de weizen com belgium blonde ale. Toques de fermento, pão, cítrico e leve frutado e caramelizado. Baixo amargor (14 IBU), com corpo médio e carbonatação baixa.

- Southern English Brown Ale maturada com laranja: passou 25 dias maturando com cascas de laranja e pegou muito o aroma da laranja, talvez até demais. Notas cítricas, de fermento, bem maltada e lembrando muito bem da tal laranja.
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Diogo Olivares
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10 anos 5 meses atrás #54883 por Claudinei  
- Way Beer Double American Pale Ale: Mais uma bela cria da micro paranaense! Cor acobreada turva, creme de muito boa formação e persistência (bolhas miúdas, deixa muitas marcas), aroma predominantemente lupulado (herbal), corpo médio/alto, sabor maltado (dulçor residual/caramelo), leve álcool, carbonatação mediana, final seco com um generoso e persistente amargor. Bela cerveja, potente, intensa e muito saborosa. Ótimo caráter de lúpulo equilibrado com uma boa base de malte e um bom corpo. Amargor persistente, secando o final e invocando um novo gole (o que a torna "perigosa" devido ao elevado teor alcoólico). Poderia, acredito, ser classificada como uma Double/Imperial IPA...

- Petra Stark Bier: Revisitando a cerva clara e forte (doppelbock?) da Cervejaria Petrópolis. A cor é de um dourado intenso, límpido, bela cor. Creme de boa formação/média retenção. Aroma adocicado (panetone?) e levemente esterificado. Na boca, uma cerveja encorpada, com sabor maltado intenso, bom dulçor residual, levemente licorosa, boa carbonatação, álcool bem inserido e amargor curto e suave. É uma cerveja forte, intensa, de acordo com sua proposta (bela história contada no contra-rótulo!), mas um tanto desequilibrada e enjoativa. Como é uma cerveja que não usa maltes mais escuros (portanto, sem características mais complexas/torrefação), sinto falta de um amargor maior para equilibrar tamanha doçura. Mas vale ser degustada de vez em quando, especialmente num clima mais frio, fazendo jus à sua proposta. Deve ser a melhor da linha Petra, que conta com algumas (infelizmente) pseudo-alemãs...

Outras já exaustivamente resenhadas:

- Eisenbahn Weizenbier;

- Heineken.
 
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10 anos 5 meses atrás - 10 anos 5 meses atrás #54938 por Diogo Olivares
- Fuller's Past Masters Old Burton Extra: English Strong ale escura unindo frutas e torrefação, com forte destaque para o amargor herbal e floral, reproduzindo a receita típica com inspiração das pré-IPAs de Burton'o'Trent. Uma aula ''estilogenética''.

- Coopers Vintage 2009: tornou-se menos austera e amadeirada, produzindo nuances de melaço, frutas e um azedume que não agregou muito. Talvez devesse ter envelhecido por menos tempo?

- Sierra Nevada/Russian River ''Brux'': golden strong ale com Brettanomyces, tem boa presença das notas animais e florais e da carbonatação que lhes seriam esperadas. Acho que foi a cerveja mais fácil que já tomei levando estas leveduras, como diz o rótulo, é uma ''cerveja selvagem domesticada'', bem refrescante apesar dos ~8% de alc.


- The Bruery Smoking Wood: Imperial Porter defumada de centeio, envelhecida em barril de whisky de centeio, com 13% alc. Breja bastante complexa, contém notas adocicadas, torradas e defumadas do malte, presença do whisky e da baunilha do carvalho, especiarias e picância do centeio, acredito que combinado com o teor alcoólico, corpo moderadamente pesado (não chega na textura das stouts, por exemplo), deu realmente muito gosto de beber.
Ultima edição: 10 anos 5 meses atrás por Diogo Olivares.
Os seguintes usuário(s) disseram Obrigado: Alexandre Almeida Marcussi
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