Coleção Folha O Mundo da Cerveja

Valeu, Leopoldo e Clésio!

Achei o Larousse no Submarino por 51 reais. O lugar mais barato. Perto do preço de origem (119 reais) foi um baita negócio.

Abs!

Passeando pela Livraria Cultura neste domingo, me deparei com os livros da coleção da folha abertos e resolvi dar uma foleada. O negócio é assustadoramente ruim! Mal escrito, informações erradas, preconceitos... Achei inaceitável tanto pra quem conhece pouco quanto pra quem conhece muito.

A Larousse chega a ter alguns erros aqui e ali, mas se é pra alguém começar, que seja por ela. A Mesa do Mestre Cervejeiro já é muito bom pra quem já conhece um pouco (ou até mesmo muito) e quer se aprofundar.

Leopoldo Furtado escreveu: Passeando pela Livraria Cultura neste domingo, me deparei com os livros da coleção da folha abertos e resolvi dar uma foleada. O negócio é assustadoramente ruim! Mal escrito, informações erradas, preconceitos... Achei inaceitável tanto pra quem conhece pouco quanto pra quem conhece muito.

Você consegue lembrar alguma coisa gritante que te chamou a atenção, Leopoldo?

Marcussi, tirei foto de umas passagens que me chamaram a atenção. Isso só com uma passada de olho, mas vou copiar uns exemplos:

- Explica que a Scotch Ale é forte e amarga.

- Fala das Malzbier e da Caracu no capítulo das Dark Ales.

- Em um quadro comparativo de características de ales e lagers, na parte de cor fala: "Lager: Palha claro brilhante ao castanho escuro acobreado, como nas Bock", "Ale: Do dourado brilhante ao quase preto". (ignorando as schwarzbiers e as witbiers, por exemplo)

- Falando sobre belgas, ele faz uma confusão tremenda! Diz que as cervejas são assustadoramente ácidas e amargas e que as pessoas chegam a adicionar torrões de açucar para conseguir beber. (lembre-se que ele está falando das Ale) Diz ainda que as Pale Ale são pouco amargas por usar lúpulo seco. (confundindo mais uma vez com as lambics).

- A parte em que ele tenta falar sobre as cervejas de abadia e as trapistas é tão confusa que chega a não fazer sentido!

Isso sem contar umas escolhas que eu achei ruins de legendas de fotos e tal, mas isso não é necessariamente um erro cervejeiro, por exemplo:

- Uma foto em que ele fala que na idade média a igreja vendia o gruit e ilustra com um monge trapista adicionando alguma coisa no tanque.

- A frase: "As cervejas mais apreciadas até o séc. 19 deveriam se mais parecidas com as ales atuais" parece mais um conselho do que uma constatação.

E por aí vai...

Tudo isso eu percebi em 5 minutos de leitura por alto de um dos volumes.

Puxa, que lástima... acho que fiz bem em não comprar...

Eu nunca vou esperar 100% de exatidão em qualquer matéria/texto/livro sobre cerveja, perdôo pequenos deslizes, mas acho que tudo tem limite.

Esse negócio de usar cor/aparência para explicar diferença entre ale e lager não dá muito certo mesmo. Acho que o correto é focar no principal mesmo, ou seja, o tipo de levedura usado, temperatura e duração do processo e resultado (cerveja mais ou menos esterificada/fenólica, basicamente...).

Quanto aos demais apontamentos, muita coisa não confere mesmo...

Por acaso o autor é do ramo?

Claudinei   escreveu: Por acaso o autor é do ramo?

Não, é um enólogo. Já foi comentado mais atrás o nome dele mas fiquei com preguiça de procurar.