Marcelo, acho que não convém levarmos a discussão pro lado de um estabelecimento em específico. No caso do EAP, foi apenas a referência que eu tinha de preço. Em outros locais do mesmo nicho provavelmente o preço acontecerá da mesma forma. Mas eu, particularmente, vejo estabelecimentos como o EAP como um local de fomento da cultura e porta-voz (no melhor dos sentidos) de todo um mercado emergente do país, e portanto eu não acho que o único comprometimento deva ser lucro. Partindo desse pressuposto, eu penso sim que produtos mais caros como esse deveriam ter sua margem de lucro diminuídas um pouco. Não sou empresário, não falo com propriedade, mas tenho noção de que em qualquer comércio existem diferentes categorias de produtos, e muitas vezes o lucro se dá pela ponderação das margens de lucro de itens mais baratos e mais caros, que não precisam ser as mesmas, porque, afinal de contas, a renda do consumidor é feita de valores absolutos e não fatores de multiplicação.
Enfim... eu quis apenas argumentar que a prática do preço atualmente nem sequer é muito uma preocupação de comerciantes e produtores, pois o mercado em si está descompensado e não tem referência. Aquela velha história do "sempre tem alguém que vai pagar".