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Olha, é uma opinião muito pessoal (claro).
Quando descobrimos uma novidade que realmente nos agrada tendemos a florear demais, mas o tempo passa e a empolgação de principiante desaparece. Tento fazer da cerveja aquilo que ela realmente é, uma bebida festiva, alegre e despojada. Cerveja não combina com frescura ou rituais exagerados, no máximo um copo mais apropriado e pronto. Cerveja, seja ela uma Nova Schin, uma DeuS, uma Westvleteren, combina com boteco, com jeans e camiseta, combina com gargalhada e conversa fiada.
Já participei ativamente do pernóstico (e às vezes patético) mundo do vinho, esse sim (não deveria, mas...) combina com terno e gravata, combina com restaurante fresco e garçom de sotaque francês (mesmo sendo brasileiro), combina com boca sorrindo de lado, conversa chata e nariz empinado.
O problema é que a cerveja tende pro mesmo caminho, garrafas firulentas, rituais, restaurantes se especializando (e metendo facada no bolso do consumidor), marketing atraindo nego metido a granfino, etc.
Não, não, não... não pretendo colaborar pra isso e já desencanei, e pra falar a verdade tô até tentando voltar a achar alguma graça nas BCBs servidas geladas num copo americano, pra não dar uma de chato quando estiver na casa de amigos ou algo assim.
Cerveja pra mim sempre foi algo para se tomar nas tabernas com gigantescos barris e monges e/ou loiras peitudas nos servindo. Rs
...porém seria hipocrisia dizer que é melhor tomar uma BCB...
felumpe henn escreveu:
...porém seria hipocrisia dizer que é melhor tomar uma BCB...
Mas eu não disse que é melhor tomar uma BCB, claro que tomar uma cerveja de melhor qualidade é muito mais prazeroso seja em qual circunstância for, o que eu quis dizer é que o melhor é tentar encarar as BCBs sem preconceito pra não pagar de chato e curtir a farra com a galera.
Eu bebo mais sozinho (em casa) que acompanhado e quando acompanhado na maioria das vezes é com a patrôa, ela é brahmeira de carteirinha (embora já esteja reconhecendo alguns novos sabores), gosto (e nunca vou deixar de gostar) de beber uma trapista, uma IPA, uma Porter... mas no dia a dia estou indo de Kaiser Bock, Bavaria Premium, Heineken, Bohemia. Pra ela compro Original, Skol... Pois bem, se estas do meu dia a dia não existissem jamais pararia de beber a breja nossa de cada dia, ia encarar o que tivesse com a patrôa. Eu comecei a entrar numas de "Skol jamais", de fato não compro mais porque não existe custo-benefício ali, mas se sentar num boteco com amigos (coisa rara hoje em dia) e eles optarem pela Skol não vou entrar numas também de pedir a minha separada, a maioria vai de Skol ? Então vamos todos e sejamos felizes !
Também estou tentando o caminho inverso com vinho, ou seja, querendo deixar de ser chato. Miolo Seleção, Concha y Toro Reservado e demais vinhos de vinte reais que comecei a torcer o nariz, pretendo parar com essa bobagem. Isso é coisa de quem bebe, nunca vi alguém deixar de gostar de alcatra porque conheceu picanha, pode-se até preferir a picanha, mas num churras a alcatra vai que vai também, e lambendo os beiços.
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