Depois de muitos copos concluí que o charme está na simplicidade, já fui muito empolgado com "rituais" quando comecei beber vinho, comprei uma quinquilharia do cacete (abridor de lâminas paralelas, corta-cápsula, aparador de gotas e o escambau) que hoje está dando teia de aranha, mesmo ao beber um bom vinho hoje utilizo o bom e velho abridor "de garçom", que faz o serviço completo, e uma boa taça (de vidro mesmo, fino, porém vidro e não cristal), a única firula que às vezes recorro é ao termômetro, meu decanter tá todo empoeirado, se o vinho precisar de aeração/decantação, vai na garrafa que dá praticamente na mesma.
Quanto às cervejas, também me empolguei no começo das especiais, mas cai na real. Vejo essas garrafas cheias de gueri-gueri apenas como um apelo de marketing da cervejaria e um pretexto para se cobrar mais caro. Um exemplo, se a Monasterium fosse envazada numa garrafa "normal" não custaria cinquenta dinheiros, ou alguém acha que a garrafa é cortesia da casa ? Tudo bem, a apresentação conta e blablablá, então uma boa estratégia é a da Abadessa que faz firula na garrafa mas coloca isso como um ponto facultativo, se o cliente quiser pagar pela firula tudo bem, se quiser apenas o líquido devolve a garrafa e paga menos.
Eu reconheço que ultimamente ando meio de saco cheio pra frescura e assim como aconteceu comigo referente ao vinho, a mesma coisa está acontecendo referente à cerveja, ou seja, a fase da afetação tá passando.