Destaque para duas cervejas de um estilo que adoro por apresentar grande complexidade, muito sabor e álcool generoso. Aqui vai a minha amadora tentativa de resenhá-las:
- Chimay Blue (2013): Uma revisita a esta clássica e deliciosa belgian dark strong ale da qual sou fã. Na taça, um marrom escuro turvo e um creme bem formado de média duração que deixa marcas. Aroma levemente vinificado. Na boca, uma cerveja encorpada e muito complexa, com notas de malte e frutas escuras (ameixa, passas), caramelo, textura licorosa, leve álcool e baixo amargor. É muito, mas muito saborosa! Recomendo fortemente servi-la por volta de 12 graus Celsius positivos...
- Rochefort 10: Segunda vez que degusto esta maravilha. Marrom escura turva e um creme de boa formação e média persistência que deixa algumas marcas. Aroma esterificado e alcoólico (também lembra algum vinho tinto ou do Porto). Na boca, uma cerveja encorpada de elevada complexidade: bom dulçor residual, malte, frutas escuras, bem licorosa (licor de cassis, arrisco dizer), sugestão de cacau, leve aquecimento alcoólico, baixo amargor... é um néctar divino! Também degustei a 12 graus em taça de vinho, valorizando e aproveitando ao máximo esta magnífica bebida que engrandece o universo cervejeiro!
As duas são cervejas de extrema qualidade e bem próximas, mas em linhas gerais a Rochefort oferece álcool mais potente e presente (como era de se esperar) além de um dulçor residual um pouco maior. Vida longa aos monges trapistas!
E mais algumas "mortais" comuns, porque a vida não é só feita de coisas extraordinárias: Heineken e Bohemia Pilsen.