Degustação do fim de semana...

Alexandre Almeida Marcussi escreveu:

Yuri Lopes escreveu: Vinho de uvas Isabel e bordô, feito por mim mesmo, um ano após ter feito e engarrafado.

Um Isabelão caseiro, que bacana, Yuri! Depois conta aqui como ficou.
Você vinificou "ao natural" ou adicionou açúcar?

Marcussi, onde comprei as uvas eles mediram a taxa de açúcar das castas e assim calculei que pra fermentação ficar bacana teria que acrescentar um pouco mais de açúcar. Resultado:
Meus deus!! Que delícia!!! Vinho seco, de boa complexidade aromática, coloração avermelhada, e palato de frutas vermelhas. Gostei demais, vou investir em outras uvas agora, uvas que ñ é preciso o uso do açúcar.
Esqueci de mencionar que tbm pude provar a Saison colaborativa do pessoal da 2Cabeças e Stillwater, Saison com carambola, será refermentada na garrafa ao que me parece.

- La Trappe Witte Trappist: Muito refrescante, ótima aparência, corpo leve, sabor com leve malte, fermento, acidez típica, boa carbonatação, levíssimo amargor... a primeira e única cerveja de trigo trapista do mundo se revela uma boa witbier, ideal para o calor. Drinkability estratosférica! Pena que seja difícil de encontrar e cujo preço (R$ 51,90 por 750 ml) também não ajuda muito...

- Eisenbahn Weizenbier: Harmonizada com fettuccine à bolonhesa. Amarela, turva. Creme bem formado mas que decepciona pela curta duração. Aromática, com sutis banana e cravo. Corpo leve pra médio, bem refrescante, com boa carbonatação e acidez na medida, além de fermento. Boa cerveja, mas apenas mediana dentro de seu estilo.

- Eisenbahn 5 anos: Brilhante produção nacional, com ótimo custo/benefício. Bela cor acobreada límpida, creme de muito boa formação e persistência (ao contrário da Weizenbier acima, degustada no mesmo copo) e que deixa muitas marcas, aroma intenso de lúpulo (com algum caramelo ao fundo), corpo leve pra médio, sabor maltado, leve caramelo, boa carbonatação, refrescante, final seco com um bom e persistente amargor... continua ótima! Muito saborosa sem ser "complicada", com elevada drinkability (um gole implora por outro logo na sequência!). Cerveja de muita qualidade, com um intenso caráter de lúpulo e bom equilíbrio. Em função do generoso amargor, deve levar uma boa carga de lúpulos na fervura, apesar do tão propalado dry hopping. Está entre as minhas preferidas da Eisenbahn...

- Heineken.
 

Mikkeller Wild Winter Ale.

Bodebrown HopWeiss Amarillo.

Final de semana meio fraquinho,só foram essas:
Kaiser-já fazia uns 2 anos que não tomava e não é que melhorou,notado um leve amargor e uma memor presença de adjuntos.
Alhambra Reserva 1925-comprei mais pela sua origem(Granada)terra dos meus avós paternos,mas até que me surpreendeu,encorpado e com álcool bem inserido.
Vedett Extra Wite-me decepcionou um pouco,com aroma tênue e com sabor azedo alem da conta.

Eisenbahn Pale Ale - Ótima drinkability..

Eisenbahn Kolsch - Nada demais...

Morada Etílica Gasoline Soul - EXCELENTE!!!

Ainda teve uma graciosa Heineken na cia de uma costelinha barbecue com fritas.....recomendo ....
www.tudogostoso.com.br/receita/16251-cos...arbecue-outback.html

Boas degustações no final de semana:

DUM Jan Kubis: American pale lager, que nada. Sensorialmente, está mais para uma American IPA, bem amarga e seca, com muito lúpulo americano no aroma. Mas é uma lager. Perfume floral tem boa persistência no copo. Mas eu fiquei um pouco decepcionado, esperava algo mais "American lager", com malte mais evidente, na linha da X-Wäls ou da Schiehallion. Estou ficando bem cansado de toda nova cerveja nacional parecer uma IPA americana.

De Dolle Dulle Teve 10º: que tripel classuda! Seca, fenólica, aroma estourando em florais, pimenta e frutas de caroço maduras. Final seco, picante, amargo, parece até o final de uma saison turbinada! Uma das melhores descobertas do ano, so far.

Bierland Imperial Stout: a medalha na Itália me fez ficar curioso para revistar esta cerveja. E ela realmente melhorou muito. Mais alcoólica, com malte mais aparente (caramelo, chocolate, bem na linha inglesa) e frutado exuberante. Pouco lúpulo, privilegiando a doçura. Bem gostosa, agora sim vale a pena.

E dois vinhos:

Toro Loco Cava Brut: finalizando a degustação de todos os rótulos da Toro Loco que vieram ao Brasil. Para mim, este é o de menor custo-benefício. Mas é um espumante interessante, com tostadinho, um aroma de borracha, frutas cítricas. Mas no Brasil temos espumantes melhores nessa faixa de preços.

Santa Rita 120 Cabernet Sauvignon: Cabernet chileno típico, com muita fruta, uma pontinha vegetal, tanino amigável considerando a uva e madeira deliciosamente aparente trazendo muita baunilha, doce de leite, cravo. Boa compra nessa faixa de preços.