Mais vinhos que cervejas nessa última semana. As cervejas foram:
Wäls EAP Barley Wine 2014: ficou uma senhora barley wine; cerveja de gente grande para homenagear o aniversário do EAP. Mas a madeira é pouco evidente, pelo menos nessa versão em chope - resta esperar pela garrafa. Toneladas de caramelo, muitas frutas maduras (principalmente mamão papaya, como em outras brejas da Wäls) e uma forte presença dos lúpulos americanos trazendo manga, lavanda, laranja, leve mentolado. Baunilha aparece no final, mas muito suave. Doce, mas com amargor equilibrado.
Evil Twin Imperial Biscotti Break: bela imperial stout "de impacto" do gêmeo do mal, com ênfase nos aromas e sabores de malte torrado, com muito café de coador no nariz e um retrogosto impecável de chocolate amargo. Inicialmente doce, desenvolve um amargor final robusto. O acetaldeído começa a incomodar com o tempo (pelo menos nesta versão em chope). Não achei que estivesse à altura do hype. Ainda não consegui "me encontrar" com as Evil Twin.
Eisenbahn Strong Golden Ale: não me canso dessa breja da Eisenbahn. Doce e indulgente, cheia de mel e melado de cana e muita, mas muita gelatina de abacaxi. Tenho sempre na geladeira quando quero uma cerveja mais intensa que não seja cara.
Bohemia: não falta na minha geladeira. Levíssima, com aquele sutil toque citrino no nariz.
E alguns bons vinhos:
Casillero del Diablo Reserva Carménère 2011: os vinhos da linha Casillero nunca decepcionam, embora eu não seja um fã deste Carménère. A tipicidade da uva aparece com bastante vegetal no nariz (pimentão tostado, folhas verdes, cogumelos) e uma forte madeira (baunilha, caramelo, algum café). Acidez e taninos contidos, vinho fácil de beber e agradar apesar do álcool um pouco proeminente.
Esporão Alandra Branco 2011: este branco português não é nenhuma maravilha, mas cumpre muito bem o papel pelo preço módico de R$ 17. Flores brancas, algum mofo e suco de abacaxi maduro se alternam na boca. Sobra doçura e falta acidez, o que é típico de um branco barato e comercial. Para refrescar ou para cozinhar e beber junto com um bom prato de frutos do mar (eu fiz com um talharim nero di seppia com lulas, camarões e limão, ficou legal, o limão deu a acidez que faltava).
Royal Claret Rioja 2011: que sensacional este tinto espanhol! A uva Tempranillo predomina no corte e dá aquele acento animal que eu adoro, junto com pólvora queimada, defumado e uma envolvente doçura no nariz de maple syrup, caramelo e chocolate vindos do carvalho americano. Seco, ácido e apetitoso na boca, com corpo leve que pede mais um gole. Pirei nesse vinho, pena que não estou mais encontrando para comprar.