Vertida na taça, mostrou uma aparência bem escura, com coloração entre negra e avermelhada bem opaca. Formou um camada de creme bege bastante fofa e espessa, que foi assentando lentamente, durando até o final da degustação. Deixa um pouco da lacing na taça.
Seu aroma é forte e desprende com facilidade. Logo de cara nota-se um intenso maltado remetendo a toffee, caramelo, biscoito, torrefação, madeira e traços de chocolate e grãos de café. Posteriormente também libera notas variadas de frutas vermelhas, cerejas, Porto, passas, ameixas, figos, açúcar mascavo, doce de banana, um pouco de cravo. Vale notar que, pela potência alcóolica anunciada no rótulo (12% vol.), seria de ser esperar muito álcool volatilizado. Mas ele aparece pouco. O que aparece de fato são traços de fermento belga e seus subprodutos frutados, além claro de lúpulo herbal. Belo conjunto aromático!
Quanto ao paladar, ele é intenso e rico, como o aroma. Inicialmente traz uma doçura caramelada marcante. E percebe-se até baunílha e frutas vermelhas/frutas escuras, mas não há desequilíbrio. O gole é sempre picante, devido a lúpulo e álcool. Traz um amargor mais perceptível ao final do gole, que é denso/viscoso e condimentado. Retrogosto medianamente seco, quente, frutado, prolongado e saboroso, remetendo a chocolate/café, frutas secas e passas. Corpo denso, oleoso e aveludado. Carbonatação média/alta, cuja crocância não prejudica o gole. Seu álcool é muito forte e chega a destoar em certos momentos, porém não torna a bebida enjoativa. Ainda assim, claramente sua drinkability é bastante limitada exatamente por conta do caráter extremamente alcóolico. Consegue, sobretudo, demonstrar uma complexidade ímpar.
Essa Malheur 12 é um belo exemplar do estilo Dark Strong Ale. Sim, é um rótulo intenso e seu álcool é exageradamente potente, mas ele compensa em sua complexidade. Traz notas típicas do estilo, fáceis de identificar. Se mostrou um ótimo rótulo, saboroso e forte mas também pesado. Para o meu gosto, ela me satisfez bastante. Ela incentiva a provar as demais crias da De Landtsheer e funciona como introdução às Malheur Brut. Eu recomendo!!!
Aparência: marrom amadeirado, lembrando verniz. Creme alto de coloração marrom escuro, de bolhas medio-grandes. Interino, deixando um efemero belgian lace.
Aroma: extremamente complexo. Trazendo da receita original, abacaxi e notas citricas. Da torrefação se nota toffee e caramelo. Tambem notei jabuticaba. Infelizmente o fermento perdeu lugar e o alcool estava um pouco exageirado.
Sabor: intenso, mais puxado para as caracteristicas torrefadas. Tambem se sente um pouco de café e um dulçor maltado que não estava tão evidente no aroma. Final seco e excessivamente alcoolico, demeritou.
Sensação: perfeita! O alcool gera uma refrescancia inicial de se tirar o chapel, apos um fulgor picante severo. O dulçor não enjoativo ajuda a afagar as papilas. Corpo perfeito, carbonatação excelente.
Conjunto: pesada, dificil de tomar. O alcool está levemente mal inserido, demeritando aroma e sabor. Apesar disso sua complexidade compensa qualquer influencia negativa do alcool.
Cor marrom avermelhada, límpida, brilhante, com creme marrom, em muita quantidade, bem formado, denso e durano até o último gole (excelente creme). O aroma é rico e complexo, bem frutado, com o álcool aparecendo com força. Notas de malte torrado, caramelo, café (pouco), frutas e o álcool, ingrediente notável no buquê de aromas, deixando-o levemente picante. O sabor é predominantemente doce e frutado, com malte torrado, café, frutas secas e o álcool, novamente (bem) perceptível e bem inserido. O final é doce, longo e frutado. Carbonatação média, bem encorpada.
Cerveja forte em todos os sentidos, não perde a harmonia mesmo tendo 12% de álcool, que, aliás, é um ingrediente que enriquece os sabores e aromas. Cerveja boa.
Belgian Dark Strong Ale de responsa e potência, com 12% de teor alcoólico, não faz questão nenhuma de esconder todo esse diabólico arsenal alcoólico.
Sua coloração é acobreada, com tons de vinho e baixa translucidez. O creme é lindíssimo, se forma abundantemente, mostra-se perene e com uma alta densidade.
O aroma é bem frutado graças a maltes e leveduras robustas, primeiramente me lembrando frutas tropicais, mas logo sendo substituídas por bananas-passas e frutas vermelhas. Mais ao fundo notas de chocolate , açúcar mascavo, um delicado bouquet floral , cravo e notas de molho de tomate (DMS). O álcool já dá um soco no nariz, ao primeiro contado com os sentidos.
O paladar continua dando importância a complexidade, com notas intensas de frutado, trazendo a boca lembranças de frutas escuras, mas com notas de malte torrado (chocolate e caramelo) e mel dando toques mais adocicados. Mais além há um bom condimentado de cravo e ervas, dando um amargor considerável, quebrando um pouco a forte doçura inicial, além da presença sutil de café. O ponto forte vai para a carbonatação, que aparece muito alta, ainda mais para uma cerveja extremamente complexa e potente. Outro out da Malheur é o seu teor alcoólico. Difícil deixar 12% de teor alcoólico passarem batidos, mas mesmo assim, a picância agradável do começo vai se tornando cada vez mais agressiva e cortando a cada gole dado. Há um residual terroso ao final, que acompanha as notas amargas e uma baixa acidez. Seu corpo é denso viscoso, mais bem apreciado quando a carbonatação sai um pouco da taça. Fico curioso para saber como é a evolução dessa cerveja, talvez amenizando um pouco o álcool e para provar a Malheur Dark Brut, que usa como base essa infernal morena.
Coloração marrom com nuances avermelhadas com creme bege que se forma em abundância, toda aerada e permanece por toda a degustação com uma fina camada por sobre o líquido.
Aroma bem destacado de frutas negras como, ameixas, uvas frescas, algo de vinho algo de saponificação. O malte traz algo lembrando caramelo e toffee, chocolate e algo de açucara mascavo.O lúpulo traz algo herbal, lembrando erva cidreira(?)
Corpo cheio e com alta carbonatação ( que não ficou bem inserida!) E o álcool, conforme a breja vai esquentando, ele vai aparecendo de forma mais forte “arranhando” a garganta, o que não me agrada tanto, mas, por outro lado a carbonatação diminui e ela fica mais deliciosa.
Sabor dominado pelas leveduras com suas notas frutadas e doces, de uvas ameixas , chocolate, um leve amargor, o álcool aparece com bastante força dando uma grande sensação de quentura. Retrogosto bem definido, com notas adocicadas de chocolate e algo de café e mais no final as frutas passas, uvas e ameixas e o álcool que desce roçando a garganta.