Marrom escura, formou um creme bege alto que logo desceu e permaneceu em uma fina camada até o final, alta carbonatação, encorpada com textura aveludada;
Aroma intenso e complexo, madeira, castanha, fermento, uva, álcool, ameixa;
Sabor amargo acompanhado de uma leve secura ao final do gole, deixando um sabor residual também amargo intenso e duradouro, traços amadeirados e do álcool ficam no céu da boca e depois de 2 ou 3 segundos uma leve queimação na garganta.
Uma bela cerveja.
Temperatura de degustação: Dez graus Celsius.
Cor: Marrom escura.
Creme: Boa formação de creme bege, que mantém uma camada persistente ao longo da degustação, com muitas marcas na taça.
Aroma: Apresenta notas de chocolate, ameixas, frutas escuras, álcool, conhaque, madeira.
Sabor: Com início de breve paladar adocicado, apresentando uma doçura muito leve. Poderia ter um sabor mais maltado. Vem em seguida um sabor amargo, seco e levemente ácido, com referência a madeira e conhaque, que deixa um retrogosto persistente, com amargor residual nos lábios. Achei um pouco desequilibrada, os sabores maltados poderiam ser mais destacados, para contrabalancear o amargor e o álcool.
Ao derramar na taça trapista a espuma se apresentou média a baixa, de cor bege, bem fofa e duradoura, deixando fina camada perene. O corpo é de um marrom escuro opaco com reflexos vermelhos e muito belo.
O aroma de torrefação é maravilhoso, é delicado, sendo que o álcool não aparece no aroma, mas estão lá os lúpulos nobres, toques florais, frutados, cítrico e seco. Não senti nenhum tostado ou torrado no armoma o que me surpreendeu. Notei presente um pouco de levedura belga. Na minha humilde opinião esta cerveja completa todos requisitos de uma boa quadrupel estilo abadia.
Certamente uma característica marcante é o aroma que não é muito forte na sua intensidade, mas se mostra complexo, delicado e que acompanha a degustação até o último gole.
O Sabor toma o mesmo rumo do aroma com doses generosas de café, de uma bela levedura belga e lúpulos florais. O álcool mostra suas garras esquentando levemente a cada gole o que destoa um pouco o conjunto apesar dos seus 12% de teor.
A sua carbonatação é alta, o que se confirma logo no primeiro gole. O amargor aparece bem e refresca o conjunto, ajudando em muito a drinkability desta cerveja, poi o teor alcoólico é alto. Um final potente.
No seu retrogosto sentimos um leve amargo, um torrefado, ao fundo um gosto de ameixar secas. Bem inserido.
Um dos maiores méritos desta quadrupel estilo trapista está no seu teor alcoólica elevado que não se torna pesada ao beber não sendo muito doce e nem um pouco não enjoativa. Uma obra de arte cervejeira.