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Gustavo Guedes escreveu: Aí vem o marketing da Heineken e se apropria de um fato da nossa sociedade ocidental que não diminui ninguém ( não gostar de futebol diminui alguém?) E as pessoas reagem como se fosse um crime.
Alexandre Almeida Marcussi escreveu:
Gustavo Guedes escreveu: Aí vem o marketing da Heineken e se apropria de um fato da nossa sociedade ocidental que não diminui ninguém ( não gostar de futebol diminui alguém?) E as pessoas reagem como se fosse um crime.
O problema da propagando não é dizer que as mulheres não curtem futebol. É presumir que as namoradas e esposas atrapalham a diversão dos homens, a qual consiste em beber cerveja e assistir futebol longe delas. Ao mesmo tempo em que a Heineken sugere que as mulheres não gostam de futebol e vão aporrinhar e atrapalhar seus maridos e namorados que gostam, também sugere que elas não irão consumir cerveja, e sim sapato. Para eles, futebol e Heineken. Para elas, sapato.
Eu, se fosse mulher e consumidora da marca, pararia de consumir imediatamente essa cerveja. Eles não estão dizendo que eu não gosto de Heineken e que atrapalho a diversão do meu namorado/marido que gosta? Fiquem sem mim, então, num mundo habitado por ogros que só conseguem se divertir enxotando suas mulheres para longe.
Crime não é. Mas, do meu ponto de vista, é uma representação grosseira de um mundo "masculino" com o qual eu não me identifico. Gosto de me divertir bebendo cerveja na companhia da minha mulher. E, uma vez que eu faço parte do público-alvo deles e tive essa reação de incômodo, tem algo errado com a campanha, falando só do ponto de vista publicitário.
Marco Liberatti escreveu: O comercial é divertido, como é o padrão da Heineken. A tara do politicamente correto tornou-se uma espécie de microfascismo atuante nas redes sociais e na imprensa. É como se o mundo tivesse se tornado um lugar onde Brahma fosse a única cerveja existente, com rodízio de chuchu obrigatório aos domingos.
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