Gabriel C. escreveu: Acho a Petroleum deles excelente - inclusive melhor que a Dum - mas pro estilo ela até é bem carbonatada.
Foi uma saga para ajustar a carbonatação da Petroleum quando a Wäls começou a produzir industrialmente. O primeiro lote era fiel à carbonatação da receita da panela - que era mínima. Formava só um filme de creme e na boca era bem macia, sem a "agulhada" do gás carbônico. Mas muita gente reclamou, achou que precisava fazer bastante espuma - besteira, mas a gente sabe como é a psicologia do consumidor (que leu por aí que o creme deve ser volumoso e persistente, e acha que é uma espécie de regra de ouro imutável). E lá foi a Wäls aumentar um pouquinho o priming para ajustar a carbonatação. Aí, do meu ponto de vista, ficou carbonatada demais, com uma agulhada incômoda e uma acidez que contrastou desagradavelmente com a torrefação. Depois, pelo que peguei em algumas garrafas mais recentes, a carbonatação voltou a um patamar menor. Para mim, a melhor forma dela é com baixa carbonatação mesmo.
Mas as reclamações daqui (e de outras redes sociais) com certeza dizem respeito a problemas de vedação. Eu tomei uma ou duas Petroleum que estavam bem contaminadas, com um montão de ácido lático. Nesse caso, estavam ultracarbonatadas. Mas também houve garrafas em que o problema não foi de contaminação, mas sim de vazamento. E, nesses casos, não havia possivelmente nenhum gás carbônico. Era um licorzão mesmo. Agora, tem outra questão interessante. As garrafas antigas da Petroleum, dos primeiros lotes, estão evoluindo de forma muito peculiar, com algumas características de Brettanomyces, o que inclui uma acentuada carbonatação produzida durante a refermentação continuada. Já abri garrafas antigas (com 2 ou mais anos de idade) que formaram um montão de espuma.
