Flying Dog - Rótulos

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14 anos 9 meses atrás #10084 por tiago lucas
Respondido por tiago lucas no tópico Re:Flying Dog - Rótulos
Marcussi, mas você não acha que tem algo que ver o fato das cervejas (das ales trapistas e britânicas) estarem restritas à alta gastronomia, assim como o fato delas serem vistas como "bebidas para velhos", com o fato de elas possuirem uma imagem um tanto datada, um marketing meio anacrônico?

A estória do "fabricado desde X" poderia fazer sucesso no início do século, com a agressividade da publicidade hoje isto significa pouco.

Você citou a Delirius Tremens, você não acha que ele é justamente uma tentativa de se desvencilhar desta imagem "datada", "chata", que empurra a cerveja belga para nichos mais restritos?

Quando as cervejas dos EUA, também não vejo elas como desenraizadas da tradição (aliás, tem aquelas "cervejas históricas" da Dogfish Head - que apesar de tong-in-cheek não deixam de ser interessantes). Mas o receio de alguns cervejeiros é que a nova onda, com os "hopheads" e tal, desenraize a cerveja de sua história. Não é a questão de negar uma ou outra, a questão é estreitar mais os laços entre inovação e tradição.
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14 anos 9 meses atrás #10090 por Alexandre Almeida Marcussi
tiago lucas escreveu:

uma imagem um tanto datada, um marketing meio anacrônico?

Tiago, entendo seu ponto de vista, mas não concordo com ele. Não acho que se trate de um marketing anacrônico, mas apenas de um marketing que visa um público diferente. Nem todo bebedor de cerveja é um jovem moderno e descolado que quer algo para parecer "cool" na balada. O apelo à tradição pode ser uma estratégia muito eficiente também (tanto é que várias dessas cervejas que estamos citando estão cercadas por uma intensa aura de misticismo e deferência), tudo depende de qual é a sua inserção de mercado.

Se lembrarmos que, na nossa cultura pós-moderna de mercado, o "vintage" e o "artesanal" às vezes assumem um inusitado valor contrastivo diante dos produtos identificados como "de massa", logo se vê como uma consciente invocação da tradição e do passado pode ser um artifício de vendas poderoso. Veja, por exemplo, o marketing da Bohemia ou da Therezópolis: essas marcas não apelam à modernidade, mas ao passado. Vc pode até não curtir essas cervejas, mas o marketing delas é eficiente (ainda que suas pretensões de "autenticidade artesanal" não correspondam a seus métodos de produção).

ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
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14 anos 8 meses atrás #10097 por Renato .
Respondido por Renato . no tópico Re:Flying Dog - Rótulos
A kerberos eh sim mais lupuladas que as outras tipel, isso pra mim a faz um cerveja extrema, extrema naum sig que seja fora do estilo, mas se o estilo diz que o amargor pode ser de medio a alto, escolher o ALTO pra mim eh ir ao extremo.

Lembrando que falei da KERBEROS, e não de TODA A LINHA DA FLYING DOG
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14 anos 8 meses atrás #10103 por Weslley Ribeiro
Respondido por Weslley Ribeiro no tópico Re:Flying Dog - Rótulos
Eu tomei a Clássica, a Gonzo, a IPA e a Kerberos.
Só voltaria a tomar novamente a Kerberos e mesmo assim com resalvas, ainda prefiro as tradicionais Belgas.

Em termos de rótulos, eu gosto mais do estilo Rochefort. (Sem mencionar a taça) :)
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14 anos 8 meses atrás #10109 por tiago lucas
Respondido por tiago lucas no tópico Re:Flying Dog - Rótulos
Alexandre Marcussi escreveu:

tiago lucas escreveu:

uma imagem um tanto datada, um marketing meio anacrônico?

Tiago, entendo seu ponto de vista, mas não concordo com ele. .


Marcussi, também compreendo seu argumento e concordo com ele! Só estou querendo apontar que a publicidade que visa este nicho mercadológico em que a tradição possui poder persuasivo acaba por criar uma oposição direta à maior parte dos consumidores de cerveja.

Cervejas como a Guinness que deixaram em alguma medida de serem cervejas "tradicionais" para se tornarem cervejas de massa sofrem com isto. Tanto é que a cervejaria esta fazendo um grande esforço publicitário para renovar sua imagem (e Arthur Guinness não está mais no centro da publicidade da cervejaria).

Enfim, sei que o marketing trapista funciona bem para o público a que ela se direciona. Mas sob o ponto de vista dos consumidores das macro-cervejarias ele acaba se tornando um anti-marketing. Cervejas tipo Delirius Tremens e a FD dialogam melhor com os consumidores das macros (afinal quem não quer abocanhar uma fatia deles?).

Tem uma porção de coisas a ser pensadas aí acho...
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14 anos 8 meses atrás #10113 por Pedro Fraga
Respondido por Pedro Fraga no tópico Re:Flying Dog - Rótulos
Eu acho que não é toda cervejaria que deseja virar a Ambev não...
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