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Tenho convicção de que se trata de marketing consciente em alguns casos. Em várias das cervejas de abadia e mesmo em algumas trapistas, como a La Trappe, existe uma evocação bastante consciente dos signos da tradição nos anúncios, rótulos etc. Vale lembrar que, embora essas cervejas sejam produzidas sob supervisão ou licença dos clérigos, elas possuem um departamento de marketing leigo.o que existe de "tradição" numa cerveja trapista pode também ter sido uma idéia criada através do marketing (nem que esse "marketing", paradoxalmente, seja de fato um "contra-marketing" ou um "não-marketing").
Marcio Rossi escreveu:
Renato . escreveu:
marcio tenho que discordar
achei a tripel bem lupulada, BEM diferente das tripel belgas, com um herbacio bem aparente.
e a porter IDEM, naum conheço outra porter com tatas notas herbacias no mercado.
A Tripel Kerberos tem 27 IBU; o BJCP fala de 20 a 40 para o estilo
A Porter Road Dog tem 31; o BJCP fala de 18 a 35 para a Brown Porter
Marcio o faoto do ibu declarado estar dentro da faixa do BJCP naum significa que eles naum eh extramente aparente.
Lembra-se que podemos ter o IBU mais alto mas bem incerido e contra balanceado com maltes e fermento
Nem sempre ibu alto quer diser amargor em destaque, como no exemplo da imperial porter da FD que tem 85 IBU e o mesmo não eh agressivo.
Se em algum ponto os alemães não fossem obrigados a defumar o malte talvez hoje não tivessemos rauschbiers. Se os ingleses não precisassem conservar as cervejas em viagens talvez não tivessemos IPAs.
Pode ser assim ainda no Brasil, Tiago, mas não é na Inglaterra ou na Bélgica. Na Bélgica, por exemplo, a cerveja faz parte de uma requintada cultura gastronômica, e restaurantes cheios de estrelas pelo guia Michelin servem e/ou preparam seus pratos com cerveja. O público-alvo deles não é necessariamente jovem, e não se está buscando uma imagem de descontração e botequismo. Na Inglaterra, o mercado jovem tende a beber lager, enquanto as ales são mais aceitas entre os mais velhos.Afinal mosteiros trapistas e escritores não é exatamente algo que você queira vinculado a imagem de uma bebida que é consumida em larga medida por jovens.
Olha, eu não tomei a Kerberos, mas realmente as tripel, junto com as golden strong ales, estão entre os estilos mais lupulados da escola belga (tirando fora as Belgian IPAs, que surgiram para o mercado americano) - em parte porque foram elaborados para evocar as pilsners. Algumas tripel belgas, como a Chimay, puxam um amargor e uma secura pronunciados. Mas como não bebi a Kerberos, não vou dizer se ela destoa do estilo."Bitterness is typically medium to high from a combination of hop bitterness and yeast-produced phenolics."
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