BCBs - Empate técnico

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14 anos 10 meses atrás #6446 por Felipe Ribeiro - Duende
é mais comum o pai largar o filho e não pagar nem pensão.
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14 anos 10 meses atrás #6451 por tiago lucas
Respondido por tiago lucas no tópico Re:BCBs - Empate técnico
Concordo em absoluto que é necessário hoje uma "educação econômica" - fazer as pessoas perceberem que um plano de sáude é mais importante que uma tv de plasma, por exemplo (assim como que emprestar dinheiro nas financeiras que o Silvio Santos anúncia é uma grande cagada rs.)

Mas confrades, mais de 10% da população brasileira (isto dá o que? 18 milhões de pessoas?) vive sem o mínimo do mínimo - sem celular e carrões vocês podem ter completa certeza.

Acho que o fato de ser inaceitável, absurdo, pessoas terem dinheiro para supérfluos enquanto outras não possuirem nada, é tão velho que parece mentira...mas, a meu ver, não é. O politicamente correto é correto mesmo hehe!! Ao menos é isto que devo dizer enquanto alguém que tem o ensino de filosofia como profissão - é isto que o estudo da filosofia, escorado por um pensamento ético voltado a solidariedade, me fez aprender como "verdade".

No mais, jamais "culparia" ninguém. Até porque eu devo ser muito mais preguiçoso que todos juntos aqui hehe.

Fora isto, o cuidado dos confrades tem aqui com a degustação de cerveja é louvável mesmo - de fato, algo mais "ser" do que "ter", cada breja é um evento!
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14 anos 10 meses atrás #6467 por Marcio Rossi
Respondido por Marcio Rossi no tópico Re:BCBs - Empate técnico
Primeira coisa, Fabio, meu ponto foi exatamente sobre o que significa em termos de utilidade e prazer o consumo, ressaltando a necessidade do equilibrio. Dou o mesmo peso a " utilidade" que dei a "prazer" o que trona sua interpretacao do que disse distante do que quis dizer.

Vaidade e necessidade sao muitas vezes subjetivos. Seus padroes nao sao universais.

A papagaiada do neon eh uma coisa linda pra quem coloca neon.

Pobreza nao eh sinonimo de gosto limitado. O pobre que toma meio ou um engradado de cerveja barata por mes poderia usar a mesma soma para tomar coisas muito superiores em doses menores.

O que digo eh que somos diferentes e precisamos entender essas diferencas sem deduzir superioridade ou inferioridade delas.

Vc priorizou a educacao e palno de saude do seu filho. Excelente, na escala de utilidade das coisas, saude e educacao valem 100%.

Sobre o exemplo especifico, eu estudei em escola publica a maior parte da minha vida, estaduais no fundamental e secundario, federal no superior. Nao acho que tenha tido uma formacao ruim. Mas meu pai tinha uma Brasilia, nao um Charge RT.

Saude, educacao e estabilidade financeira sao fundamentais na vida das pessoas equilibradas (quer dizer, parecidas conosco) Mas ha pessoas com uma visao diferente da vida que podem combinar tudo isso de forma dversa. Nao quer dizer que sejam futeis. Nem que estejam certos ou errados. Mas merecem consideracao, nao vamos chegar a verdade sem contemplar as visoes radicalmente opostas a nossa, a nao ser que tenhamos a pretensao de que a nossa esteja inexoravlmente correta.

Cada um tem seus valores, temos que aprender a respeitar pensamentos diferentes do nosso. A unica forma de descobrir o melhor eh tendo uma mente aberta.

Parabens pelo seu filho e escolhas sacrificadas que vc faz por ele. nao penso diferente com a minha filha, muito embora ela adore arroz com feijao... e todo o resto.

Boa sorte com o Dodjao. Vah de Charge, o melhor.
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14 anos 10 meses atrás #6480 por Alexandre Almeida Marcussi
Marcio Rossi escreveu:

somos diferentes e precisamos entender essas diferencas sem deduzir superioridade ou inferioridade delas.

Onde eu assino? Não dá para saber qual o grau de "necessidade" de um certo costume na vida de uma pessoa sem procurar entender cuidadosamente as condições dessa vida, com quem ela se relaciona, o que todo mundo espera dela, quais são os símbolos de status das pessoas que as cercam. Para algumas pessoas, ter um neon colorido debaixo do carro pode ser a única forma que elas encontraram de serem encaradas como "alguém" pelos seus pares. A gente tb vive se cercando de símbolos que, no nosso meio, são associados a "status" e ao famigerado "bom gosto" (expressão que eu aprendi a detestar, por ser sempre discriminatória). Cerveja da boa é um desses símbolos, inclusive. Para outras pessoas, é o celular. De um ponto de vista mais relativista, quem está certo?

Não adianta culpar as pessoas que preferem ter um carro a pagar por ensino. Elas só aprenderam direitinho a lição do que a nossa sociedade realmente valoriza e espera das pessoas: que tenham dinheiro. Conheço um montão de gente que, de tanta qualificação que possuem, hoje já não são mais desejáveis no mercado de trabalho por "pensarem demais". De repente era melhor ter um carrão sedan.

ocrueomaltado.blogspot.com
Porque cervejas são boas para beber, mas também são boas para pensar
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14 anos 10 meses atrás #6484 por um visitante
Respondido por um visitante no tópico Re:BCBs - Empate técnico
Valores, necessidades, conceitos... Enfim, são questões muito pessoais.

Mas o que fica claro pra gente com toda essa diversidade de opiniões é que, embora com cabeças diferentes, temos o respeito, aceitamos as demais opiniões sem querer impor as nossas, aceitamos numa boa quando surge uma brincadeira porque sabemos que se trata de brincadeira. Isso que é legal na comunidade BREJAS, por muito menos já vi nego sair espinafrando por ai !

Prost ! Vou abrir uma Eisenbahn Pilsen.
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14 anos 10 meses atrás #6485 por tiago lucas
Respondido por tiago lucas no tópico Re:BCBs - Empate técnico
Acho que a questão aqui é diferenciar uma crítica da cultura ,que inclina (ou por vezes indiretamente obriga) a certos costumes, de uma “culpabilização” de uma condenação subjetiva.

Concordo, “cerveja da boa” em certos ambientes equivale ao “neon no carro”. Mas realmente faz sentido que uma pessoa seja valorizada pela cerveja que bebe, pelo carro que dirige? É um valor que temos como legítimo? Se não é, temos de dizer que está errado, mesmo que seja pra admitir nosso próprio erro junto com o dos outros. “Dois erros não fazem um acerto”.

‘As pessoas fazem o que a cultura espera delas’. Resta ver se realmente temos como inevitáveis, necessários e legítimos os valores desta cultura – e se não temos mesmo alternativas a eles.

Quanto ao fato de "pensar demais" nos afastar do mercado de trabalho, não dá pra pensar nisto como regra (embora sei bem ao que você se refere). Até pq o "pensar" a que você se refere é bem diferente do ensino técnico instrumental que a maioria das pessoas tem nas universidades a fim de garantir seu emprego.

P.S: Escrevendo neste tópico me dá uma grande sensação de estar sendo um mala - ate pq foi eu quem iniciei com a estória do tiozinho estropiado e a cerveja hehe - por favor, me perdoem se for o caso :) .
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