Cerveja de bandas- Atitude só na embalagem

Concordo plenamente com o que o Gabriel e outros disseram anteriormente, elas não inovam em nada.

Acho também que em parte isso é culpa da banda. O Sepultura poderia ter feito uma cerveja mais com a cara deles, algo mais brutal, dá pra pensar em tantas coisas conceituais, podia fazer uma Herb Beer extrema baseada no Roots Bloody Roots por exemplo, e não a Weizen mais ou menos que eles lançaram.

A verdade é que a intenção é pegar um público que já é fiel e vai comprar só porque o nome do artista que admira estar no rótulo, mesma coisa que a Duff faz, aliás.

Marcelo Vodovoz escreveu: e a camila, camila e a labareda são mais homenágens do que cervejas "de banda", como as outras parcerias que vimos.

a minha crítica é que isso tá tomando uma proporção muito grande. uma boa proporção dos últimos lançamentos tiveram parceria com banda ou artista. Tem essa coisa de atrair "pro nosso mundo" fãs das bandas que não conheciam as cervejas, mas acho esse argumento um pouco exagerado. Todo mundo que já passeou por um supermercado como o pão de açucar e similares já trombou com um prateleira com mais de 30 rótulos de cerveja, se a curiosidade não surgiu ali, não é com a bohemian pilsner do ultraje a rigor que o cara vai passar pro "nosso mundo", ou com a weiss do joão gordo. Com essa proporção que a coisa tomou, parece que há certa limitação no desenvolvimento que o mercado estava tendo. começamos com tripel, quadruppel da wals, imperial milk stout da bodebrown, weizenbock e rauch da eisenbahn, pra voltar pra pale lager e weiss.

Kd nossas barley wines? nossas Sour ales? nosso mercado continua lançando coisas legais, mas eu imaginava que final de 2013 estaríamos bombando de lançamentos interessantes, mas ainda dominam lançamentos apenas razoáveis.

Fiquei sabendo que a Cafuza já está em processo de ser produzida industrialmente. então viva a Cafuza, viva a duas cabeças, Bodebrown, wäls e todos que estão mais preocupado com o conteúdo do que com público alvo potencial.

Esta é também a minha opinião, querer mostrar atitude punk-João-Gordo com uma Weiss é pra matar...

Muito melhor inovar ao invés de seguir o lugar-comum.

Os modismos do mesmo modo que chegam rapidamente vão embora.... O que fica é o que é bom, que tem qualidade.... Continuemos a fazer as nossas brejas que, de degrau em degrau chegaremos lá...

Difícilmente lançarão alguma cerveja "pesada". Eles sempre pensam em algo que seja servida no show, e claro a melhor opção sao as IPAs, como a Matanza fez.

Um camarada meu que só bebe Skol e torce o nariz pra qualquer outra coisa mostrou grande interesse em provar a "cerveja do Iron Maiden". Esse movimento de "cervejas de banda" pode ter seus méritos em atrair os habitantes da caverna socrática para o nosso lado, mas sei lá...

Não sei dizer com precisão o que move alguém a se interessar por cervejas diferenciadas. Eu me interessei porque tive curiosidade. E a curiosidade vem de onde? Do gosto e paixão pela CERVEJA, ou simplesmente do prazer de se embriagar? Eu acredito piamente na primeira opção. O "prazer de se embriagar" faz parte, e portanto não é tudo para os mais esclarecidos como nós (e é aí que eu exibo a minha arrogância! ).

No final das contas, vamos deixar todo esse pessoal lançar cerveja com a marca deles. Se isso vai agregar coisa boa à nossa (sofrível?) cultura cervejeira, não sei ao certo. Quem sabe?

Não acho que faça muito sentido pensar em algo que seja servida no show, já que o bar de cada estabelecimento vende o que quer. Acho impossível que a cerveja de determinada banda seja encontrada em um show dela que não seja o de lançamento da cerveja.