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Alexandre Almeida Marcussi escreveu: André, fique atento para a Mariage Parfait. Como o blend é composto de 95% de lambic de 3 anos, o produtor trata praticamente como se não fosse um blend, e estampa no rótulo o ano da colheita, e não do engarrafamento. O ano do engarrafamento é obtido subtraindo-se 20 do prazo de validade. Ou seja, sua Mariage Parfait foi engarrafada em 2008 e, agora, está com 6 anos. Se você tiver outras garrafas, acho que poderia abrir uma agora e deixar outras para depois. Senão, espere uns 8-10 anos para ter uma experiência mais interessante. Uma boa gueuze aguenta tempo pra cacete na garrafa. Só fique atento para uma coisa: se começar a ocorrer vazamento pela rolha, não perca tempo e tome logo antes que ela acetifique completamente.

Tenho uma só. Dificilmente encontrarei outra dessa mesma safra.
Você está dizendo então que o ideal seria eu abri-la entre 2022 e 2024, certo?
Uma dúvida: o que acontece depois dessa data de validade? Se pegarmos uma mariage parfait que venceu, por exemplo, em 2010 (e portanto teria sido engarrafada em 1990) como ela estaria hoje?

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Você guarda na vertical ou horizontal?

Eu guardo na vertical, em uma caixa de papelão dentro de um armário junto com outras duas garrafas (uma Monster Ale 2012 e uma Thomas Hardy's Ale 2007). No caso dela deveria ser horizontal?

André, ando meio cabreiro com essa coisa de guardar cerveja arrolhada na vertical. A rolha vai ressecar e me parece meio inevitável que escape carbonatação. Não sei dar um veredito definitivo sobre isso. As minhas estão na vertical, mas de quando em quando eu inclino elas uns 45º para hidratar as rolhas. Talvez o melhor mesmo fosse guardar na horizontal, como fazem os produtores durante os meses de refermentação na garrafa (mas eu ainda não consegui arrumar uma boa estrutura para fazer isso aqui em casa).

Eu abriria a sua Mariage Parfait entre 2016 e 2018 (8 a 10 anos depois do envase). De preferência, comparando com uma versão jovem. Cara, gueuzes têm uma sobrevida muito longa mesmo na garrafa. Eu já tomei uma Lindemans Gueuze com 25 anos de garrafa que não mostrava nem sinal de cansaço. E olha que era uma versão pasteurizada e adoçada.

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: As minhas estão na vertical, mas de quando em quando eu inclino elas uns 45º para hidratar as rolhas.

Quando você as inclina a 45º só inclina e volta pra horizontal ou deixa algum tempo nesses 45 º. E de quanto em quanto tempo faz isso?
Essa questão da rolha ressecar já foi motivo de debate entre eu e um amigo e também não chegamos a uma conclusão. Existem bares que guardam, por exemplo, a Chimay Grand Reserve (que é arrolhada e acredito que tenha uma rolha parecida com as geuzes). Já ouvi dizer que eles mantem exemplares com mais de 15 anos. Como eles guardam essa cerveja? Será que é na horizontal?

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Eu abriria a sua Mariage Parfait entre 2016 e 2018 (8 a 10 anos depois do envase). De preferência, comparando com uma versão jovem. Cara, gueuzes têm uma sobrevida muito longa mesmo na garrafa. Eu já tomei uma Lindemans Gueuze com 25 anos de garrafa que não mostrava nem sinal de cansaço. E olha que era uma versão pasteurizada e adoçada.

Minha intenção inicial era segurar a ansiedade e abri-la só depois de 2025. Mas sempre fiquei com medo de acabar perdendo a cerveja.
Mas bom saber que esse período de 8-10 é um bom tempo. e sem dúvida comprarei uma mais jovem pra comparar.
A próxima vez que for guardar a Mariage parfait de novo, comprarei umas 3 pelo menos pra poder deixar uma até o vencimento. Talvez esse ano eu faça isso.

Essa coisa das rolhas tem sido uma dúvida para mim também. O que já li sobre rolhas me convenceu de que rolhas de cortiça, não importa de que tipo (existem vários, com maior ou menor granulação e quantidade de colas e resinas), ressecam com o tempo. Antigamente, quando eu tinha menos garrafas na adega, conseguia guardar as arrolhadas em 45º permanentemente. Hoje em dia, eu inclino elas rapidamente (só alguns segundos) a cada 3-4 meses para minimizar o ressecamento, mas não tem nenhuma ciência nisso. Vou no instinto. O Randy Mosher afirma que cervejas arrolhadas devem ser armazenadas na horizontal, e estou começando a concordar com ele. É complicado. Por outro lado, sei que pode haver vazamento. Um amigo me relatou uma experiência que ele teve com uma garrafa *muito* antiga da Boon Kriek (dos anos 1970) que ele comprou no Kulminator - que armazena na horizontal - e que tinha vazado quase metade do conteúdo.

Quanto aos tempos de envelhecimento, dá uma olhadinha no meu blog. Nesta quinzena mesmo eu relato uma experiência com uma Cantillon Gueuze com 9 anos de guarda que já estava bem evoluída, foi uma experiência bacana. 10 anos já é tempo o suficiente para se notarem mudanças significativas - ainda mais você, que eu sei que aprecia o estilo e, portanto, vai saber ver diferenças. Para quem não gosta, lambic é sempre lambic, sempre detestável, e a idade não muda nada (às vezes só piora, porque as que ainda têm certa doçura secam ainda mais).

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Essa coisa das rolhas tem sido uma dúvida para mim também. O que já li sobre rolhas me convenceu de que rolhas de cortiça, não importa de que tipo (existem vários, com maior ou menor granulação e quantidade de colas e resinas), ressecam com o tempo. Antigamente, quando eu tinha menos garrafas na adega, conseguia guardar as arrolhadas em 45º permanentemente. Hoje em dia, eu inclino elas rapidamente (só alguns segundos) a cada 3-4 meses para minimizar o ressecamento, mas não tem nenhuma ciência nisso. Vou no instinto. O Randy Mosher afirma que cervejas arrolhadas devem ser armazenadas na horizontal, e estou começando a concordar com ele. É complicado. Por outro lado, sei que pode haver vazamento. Um amigo me relatou uma experiência que ele teve com uma garrafa *muito* antiga da Boon Kriek (dos anos 1970) que ele comprou no Kulminator - que armazena na horizontal - e que tinha vazado quase metade do conteúdo.

Quanto aos tempos de envelhecimento, dá uma olhadinha no meu blog. Nesta quinzena mesmo eu relato uma experiência com uma Cantillon Gueuze com 9 anos de guarda que já estava bem evoluída, foi uma experiência bacana. 10 anos já é tempo o suficiente para se notarem mudanças significativas - ainda mais você, que eu sei que aprecia o estilo e, portanto, vai saber ver diferenças.

Blza Marcussi. Obrigado por mais uma aula a respeito de cervejas selvagens. Vou tentar arrumar uma maneira de deixa-la a 45º só pra garantir.

Alexandre Almeida Marcussi escreveu: Para quem não gosta, lambic é sempre lambic, sempre detestável, e a idade não muda nada (às vezes só piora, porque as que ainda têm certa doçura secam ainda mais).

Esses Hereges.....

As novas cervejas de bandas gaúchas!

rockpint.blogspot.com.br/2014/02/cerveja...-rock-gaucho_11.html