Ótima cerveja.
Bela aparência, forma uma espuma pequena, um tanto cremosa, poucas bolhas, bege clara e levemente fugaz, deixa uma renda justa no copo e boas lágrimas de álcool ao girar o copo. Nublada e calma. Coloração marrom levemente escuro, ligeiramente alaranjado.
Aroma agradável, rico e complexo, malte entre médio e intenso, um tanto caramelo, leve toffee e tostado. Lúpulo entre leve e médio, leve resina e traços cítricos. Álcool médio. Ainda meio frutas secas, ameixa seca e uva passa, leve vinho do porto e pimenta.
Sabor agradável, longa duração, doçura entre moderada e intensa, amargor moderado, álcool moderado, reflete bem as notas maltadas, frutadas e alcoólicas do aroma, permanecendo um bom tempo na boca.
Corpo intenso, textura meio oleosa, carbonatação média, final duradouro, um tanto picante e levemente adocicado e depois meio amargo.
Destaque para a riqueza e complexidade do aroma e do sabor.
Cheers!
Ficou pouco mais de 9 meses na geladeira. Amarronzada e com espuma de cor creme de boa formação e média duração.
No aroma temos caramelado, frutas escuras, cítrico e o álcool aparece bem leve.
Na boca a ceveja é melhor. Dulçor, frutas escuras secas e cítrico novamente. Amargor presente mas não tão forte quanto nas barleys dos anos anterios. Não ficou pesada, mas foi a mais complexa das barleys da wäls na minha opinião.
Belíssima breja, a melhor das últimas da cervejaria.
Aparência: sempre um sucesso arrolhado... espuma cremosa fina; líquido turvo castanho-escuro. Aroma: vinho rosé, alguma fruta vermelha, talvez morango. Sabor: álcool, um pouco de carvalho e conhaque. Licorosa, quente e doce, nada como uma chuvinha de início de primavera a 1000 metros de altitude para acompanhar...
Mais um rótulo da Wäls, de Belo Horizonte (MG) - cervejaria que desde 2015 integra o universo Ambev.
Não é de hoje que a Wäls e o "Empório Alto dos Pinheiros" (mais famoso bar cervejeiro do Brasil, em São Paulo) se juntam para lançar uma cerveja. A parceria, iniciada em 2013, já contabiliza cinco rótulos produzidos em tiragens limitadas: EAP 5 Anos (uma 'lager'), Wild Ale EAP (uma 'sour ale') e a trinca de 'barleywines' com receitas diferentes - EAP Barley Wine 2014, EAP Hop Barley Wine 2015 e EAP Barley Wine 2016.
EAP BARLEY WINE 2016
Lançada em março, apresenta-se como 'American Barleywine' com lúpulos "Polaris", "Amarillo" e "Hallertau Blanc", alcançando amargor de 80 IBU.
De coloração rubi, forma um dedo de espuma bege de longa duração.
No nariz - primeira inalada - um susto: algo metálico faz lembrar cheiro de pilha velha quando derrete e ofusca os demais atributos. Assim, caramelo, tosta, nuances frutadas de uva roxa, ameixa e banana são relegados à segundo plano. Uma lástima.
Na boca a sensação melhora com elementos frutados e lupulados bem distribuídos sobre a base doce de malte caramelado/tostado. Corpo alto e média carbonatação. Notas azedinhas de ameixa seca, uva passa, melaço e discreto metálico acompanham toques cítricos/terrosos e amargor firme. A postura incisiva do álcool incomoda um pouco ao trazer excessiva ardência. O final, quase licoroso, segue ao mesmo tempo doce, picante, tostado e amargo. Certa pegada de conhaque dá um tapa no retrogosto. Drinkability baixíssima.
O resultado é uma cerveja forte, meio desconjuntada, que não chega a ser boa e nem ruim. Esperava mais.