Bem diferente das que tomei do mesmo estilos em outras cervejarias. Álcool não aparece, cheiro interessante e gosto muito bom, da vontade de beber tudo de uma vez.
Aroma frutas cristalizadas, ácido e floral. Sabor frutado, caramelo, toffe, chocolate, maçã, leve acidez, um pouco picante e bem doce.
Apresentou coloração marrom com reflexos avermelhados e espuma bege de média formação e pouca persistência. No aroma temos caramelo, uva passa, tâmaras secas, pão de mel, castanhas caramelizadas e ameixa em calda. O sabor segue o aroma, complementado por cravo, mel, apfelstrudel e nuances de doce de abóbora.
Temperatura de degustação: Dez graus Celsius.
Cor: Marrom turva.
Creme: Boa formação de creme bege que mantém uma generosa camada persistente e que deixa muitas marcas na taça.
Aroma: O aroma mostra-se bem diferente de outras cervejas do mesmo estilo, com muita defumação e até mesmo notas selvagens fazem-se fortemente presentes. Ao mesmo tempo associado à isso, também tem-se amadeirado e leve caramelo.
Sabor: Apresenta um equilíbrio entre o leve caramelo maltado com a defumação e o sabor azedo. O final é medianamente amargo, seco e persistente. O retrogosto traz referências à ameixas pretas e frutas secas.
Fundada em 2014, a "Cervejas Sazonais" (razão social) tornou-se uma das mais respeitadas cervejarias artesanais brasileiras ao conquistar o público com rótulos de peso como "Cafuza", "Hop Lover", "Green Dream" e "Hamurabi". A empresa - surgida da união entre os 'homebrewers' Bruno M. de Brito, Luciano Silva e Leonardo Satt - tinha uma linha de trabalho voltada para a criação de rótulos através das marcas "Serra de Três Pontas", "Noturna" e "Prima Satt".
Assim, foi uma surpresa quando em julho de 2015 ela anunciou que estava abrindo mão dos três nomes fantasia para fundi-los sob uma única marca: "Dogma".
Apesar da mudança de nome, o modus operandi continuou o mesmo, seguindo o modelo de 'contract brewing'. Dessa forma, as produções sempre acontecem na fábrica de outras cervejarias, pagando-se então uma espécie de aluguel.
THE WALLACE
Produzido nas dependências da cervejaria "Tupiniquim" em Porto Alegre (RS), o rótulo traz uma Strong Scotch Ale' (conhecida também como 'Wee Heavy') com amargor de 25 IBU. O nome se refere à Willian Wallace - figura histórica que ao final do século XIII liderou a rebelião escocesa contra o domínio da Inglaterra.
Líquido castanho avermelhado, translúcido. Na taça mostra volumosa formação de espuma bege, consistente e muito persistente.
O aroma impressiona pela combinação de elementos maltados, frutados e florais. Notas pulsantes de ameixa madura, goiaba branca, pêssego e maçã vermelha sobrevoam uma consistente base de malte com 'toffee' e caramelo. Tudo isso, somado à delicada percepção alcoólica, evoca memórias de algum perfume.
O paladar reforça a sensação de álcool e frutas, chegando a lembrar aqueles tradicionais "ponches" de natal. Assim, sugestões de maçã, pêssego e uva deslizam sobre o corpo médio-alto, bastante carbonatado, preenchido por uma doçura moderada de 'toffee' e caramelo. Agradável toque floral enseja um final perfumado de calor reconfortante.
Curiosa interpretação de 'Wee Heavy' extremamente frutada. Creio que de olhos fechados eu arriscaria estar diante de uma cerveja de estilo belga e não escocês.
Percepções estilísticas à parte, temos aí uma cerveja incrível que encanta do início ao fim. Vá logo atrás da sua.
