Cerveja laranja, com uma boa espuma que persiste. O aroma de malte é intenso, misturado ao potente aroma de álcool característico ao estilo. No sabor, o álcool (10,5%) vem com tudo em contraposição a um malte bem doce (característico ao estilo) e um final de lúpulo herbal e floral (inédito, para mim, nesse estilo). Apesar de não gostar muito do estilo, essa foi uma das que menos desagradou dentro do seu universo.
A cervejaria Van Steenberge fica na pequena vila de Ertvelde, município de Evergem, Bélgica.
Fundada em 1784 por Jean Baptise De Bruin, foi inicialmente chamada de De Peer.
Jean faleceu cedo e sua esposa assumiu o negócio. Anos mais tarde, após a morte da esposa, a cervejaria foi herdada por um primo dela, Jozef Schelfaut, que já executava o papel de mestre cervejeiro na fábrica.
Com a morte de Jozef, a cervejaria ficou para sua filha, quem então se casou com Paul Van Steenberge, um professor de microbiologia. Em 1919, Paul mudou o nome da cervejaria para Bios. Seu filho e, mais tarde, seu neto, foram os herdeiros posteriores. Em meados de 1960 a cervejaria finalmente recebeu o nome da família: Van Steenberge.
Hoje, sob o comando da sétima geração, a empresa exporta para diversos países do mundo.
PIRAAT
Lançada em 1988, trata-se de uma Belgian Golden Strong Ale fermentada com levedura de vinho e refermentada na garrafa.
Líquido translúcido de coloração âmbar. Na taça, forma um dedo de creme branco, denso, de longa duração.
Aroma predominantemente frutado, com toques fenólicos e florais em segundo plano. Notas de pera e maçã se destacam. Faltando pouco mais de um mês para vencer, certa oxidação também aparece.
Na boca mostra corpo alto e elevada carbonatação. Sugestões de pera e maçã do amor seguem amparadas por razoável dulçor maltado; um apimentado leve pincela de fundo. Álcool acalenta na medida certa. O final chega frutado e condimentado, suavemente adocicado.
O bacana desse tipo de cerveja é que - mesmo já tendo perdido o frescor (lúpulos quase totalmente apagados) - consegue ser ainda boa, mas de outro jeito. Seu caráter frutado e maltado acabou ressaltado e a experiência se manteve excelente.
Dourada com leve turbidez, com uma formação de espuma bege alta e duradoura.
O aroma traz uma mescla do maltado e do álcool com um toque de frutas cristalizadas.
No primeiro gole fiquei impressionado com o sabor, que traz um adocicado marcante levemente caramelado com um álcool bem presente, me pareceu uma Duvel mais doce, alcoólica e menos lupulada.
No entanto, a medida em que fui bebendo mais, ela se tornou um pouco enjoativa, possivelmente graças ao dulçor e ao teor de álcool.
Coloração ambar, um pouco turva. Espuma média e bem persistente. Aromas de frutas secas ( damasco, uva). Na boca entra bem doce, em seguida o alcool se revela, forte e enebriante. Final levemente amargo e curto.
Líquido translúcido de coloração âmbar clara. Creme alvo de médias formação, consistência e persistência.
Aroma remete a fermento, notas maltadas e frutadas, além de algo condimentado. O sabor segue o mesmo padrão, com o álcool persistentemente presente ao longo da degustação. Final alcoólico com toques maltados, frutados (frutas cristalizadas), e toques de tempero, talvez coentro. Alta carbonatação.
Boa breja, intensamente alcoólica e forte em aroma e paladar. Boa breja.