Na verdade uma double oatmeal stout, essa breja é tudo menos discreta. O rótulo chama muito a atenção por ter um bebê, mas é dentro da garrafa que está o que mais salta aos sentidos. Uma cerveja intensa no aroma e no sabor, potente no álcool, super encorpada num líquido grosso e levemente untuoso. Some tudo e você terá o que? Uma breja super balanceada, que apesar de ter muita intensidade em tudo, fica equilibrada no conjunto.
O IBU nem é tão alto assim, mas o amargor pega forte nessa cerveja, principalmente pela combinação com tanto malte torrado. Café e chocolate estão presentes durante toda a degustação de forma evidente, tanto no aroma quanto no sabor. O lúpulo impõe um toque mais mentolado, colaborando para o alto drinkability, imprescindível para uma breja com tanta carga de malte.
No nariz, uma divertida mistura de aromas que vem da torrefação e do café e chocolate adicionados e também notas mais herbáceas, cítricas e mentoladas, provavelmente potencializadas pelo álcool.
O álcool tem um papel importante por não deixar a cerveja sem graça, e faz isso muito bem, dando potência sem ficar em primeiro plano.
O final é bem seco, com um toque amargo e alcoólico, que perdura pelo início do retrogosto, que vai ficando mais e mais puxado para o malte, lembrando o café e o chocolate.
Uma breja que vale muito a pena provar, ótimo ter aqui no Brasil com certa facilidade de encontrar.
Coloração preta com líquido opaco, alta formação de creme marrom claro de alta consistência e muito persistente. O aroma é um festival de notas de café, chocolate amargo, baunilha, leve tostado, aveia e ao fundo, um interessante herbal. O paladar acompanha de perto todas sensações demonstradas no aroma dando vido ao café, chocolate, tostado, baunilha,leve amadeirado e finaliza com um amargo herbal moderado aliado com a da torrefação do malte. Cerveja encorpada, textura aveludada, média carbonatação e médio drinkability. Simplesmente maravilhosa!
Cor: negra, 100% opaca, lembra MUITO petróleo..
Espuma: bege, média formação, boa retenção. Forma uma fina camada em cima do copo que não se desfaz
Aroma: café (muito), malte torrado, chocolate amargo, licor, álcool, fumaça, madeira, pão.
Paladar: licoroso, muito amarga, café, torrado, chocolate amargo, seca, média carbonatação.
Essa cerveja veio em um dos pedidos que fiz com Glauco há mais de 40 dias, não quis abrí-la, fiquei admirando-a na prateleira. A expectativa era altíssima, junto com a Rasputin Stout. Mas temos uma campeã. A melhor cerveja que já tomei na vida. Primeiro a aparência: a cerveja é linda, desde seu rótulo -criativo e cativante- até sua ida ao pint. Ela é completamente preta, opaca, grossa. Só me lembrou petróleo, quando o mesmo eclode daquelas estações no meio do oceano. É muito densa, grossa mesmo.
O aroma é fortíssimo de café, que simplesmente não acaba. Mesmo com a predominância do mesmo, senti em menor quantidade o chocolate meio amargo, além do álcool - é o único momento em que você se lembra dele. O aroma também tem algo de herbal, picante.
No paladar o café também está forte, o retrogosto é muuuuuito persistente e longo. O chocolate está mais presente. O malte torrado confunde-se com as notas de pão, licor, ameixa, além do lúpulo altíssimo e bem definido, sem agredir.
Stout extremamente complexa. Lendária. A melhor cerveja que esse degustador teve o privilégio de tomar. Comprarei outras.
Depois de tanto salivar lendo postagens, análises e avaliações dos sortudos que puderam degustar essa cerveja, aliando ainda o nome criativo e o chamativo rótulo, fui atiçado na busca por essa garrafinha e no rogar para que alguma boa alma a importasse logo para o Brasil. Chances de ser uma das melhores cervejas de minha vida ela tinha, pois unir numa mesma cerveja variações de café, chocolate amargo e flocos de aveia, eram insumos suficientes para me tornar fã n° 1 antes mesmo de prová-la. Após finalmente conseguir uma, eu que costumo namorar um pouco a cerveja antes de colocá-la na geladeira, esperando um momento certo de bebê-la, não quis nem saber disso, foi garrafa na mão, da mão para a geladeira, da geladeira para a taça. E na taça ela apresentou uma negritude tão opaca que foi o líquido mais denso e oleoso que já vi numa cerveja. Embora seja uma aparência comum ao estilo, nessa era exageradamente similar a um óleo de motor! Sua espuma formou-se de forma excelentíssima, com quase dois dedos de firme colarinho, mas não compacto, de cor bege escuro, quase marrom, sujando muito as laterais da taça conforme esta descia. O aroma era um mix explosivo de café muito forte, excessivo mesmo, mas que conseguia dar margem ao malte torrado, ao chocolate amargo, a carga cheia de untuosidade da aveia, o álcool bem pronunciado, uma picância de frescor herbal, uma carga de cinzas lembrando carvão turfado, complementando com a baunilha e amadeirado. A percepção defumada de cinzas era forte, porém era o café o seu destaque principal, soando como um café espresso com um toque de baunilha. Eu poderia ficar horas cheirando essa cerveja, pelo prazer que isso dava e por pena de tomar e liquidar com essa garrafinha. Chega de frescuras e beer chatices e vamos ao sabor! No primeiro gole um prenúncio untuoso dá vazão a um amargor lupulado forte e agressivo, para depois este ficar lutando com o café espresso, muito forte e também agressivo, enrodilhados por uma torrefação atraente, para depois ceder lugar novamente a mesma untuosidade que de início era leve, mas depois marca seu território, para finalizar com uma carga de chocolate amargo que perdura além um pouco no retrogosto, mas agraciado pela limpeza do herbal/flúor sobrando uma secura extrema na boca. Fica a sensação de satisfazer e acalentar muitas vezes rara mesmo nas cervejas hiper especiais, graças a munição extra, ou como um festim, já que o álcool não foi sentido, sumido, mas notado antes no aroma, muito enganador, ou como uma bala de canhão, trucidando rapidamente, te derrubando mesmo. Com toda a licorosidade sentida na boca, sua carbonatação média apresentou ainda uma breve crocância. Um sabor que remete a uma longa viagem por uma estrada nunca antes desbravada, carregada de novas histórias e sensações a cada curva, a cada desvio, também embalada por nuances já conhecidas, com tudo muito bem guiado, para chegar feliz ao fim, não pelo término, mas pelo durante, enriquecedor e construtivo. Vastas sensações que se complementam, beber essa cerveja é sentir cada insumo que foi aplicado e perceber que andam de mãos dadas até o último gole. Simplesmente a melhor cerveja da minha vida até hoje. E só.
Um verdadeiro desjejum. Uma das mais clássicas Imperial Stout americanas, uma das mais bem rankeadas cervejas dos maiores sites gringos do assunto e com certeza uma das melhores Imperial Stout que já provei na vida. Esse é um dos meus estilos favoritos e minha paixão pelas cervejas americanas começou justamente por provar as obras primas negras que são feitas na terra do Tio Sam. A mais famosa da Founders é a Breakfast Stout, que tem adição de aveia, café e chocolate, tudo de altíssimo nível.
O rótulo com o bebê "cuti cuti" tomando o seu café da manhã já convida para que a garrafa seja aberta e você se junte ao pequeno. Vertida na taça, mostrou coloração bem escura, quase negra, com um pouco de reflexos avermelhados e completamente opaca. Formou-se um creme marrom claro sobre o líquido, mostrando bom volume, persistência e consistência, marcando as laterais da taça.
A adição de café é bem evidente logo no aroma, contrastando com aromas mais adocicados de baunilha, chocolate, aveia e pão. Os lúpulos mostram caráter um pouco mais cítricos/frutados, remetendo a tangerinas e framboesa. Ao fundo me pareceu haver uma acidez de caráter láctico.
O amargor do café vai dominando também o paladar, quase que por todo o tempo, mas é novamente contrabalanceada com as notas de chocolates e a acidez láctica. A aveia traz uma maciez impressionante, de encher a boca, deixando o líquido extremamente grosso e viscoso, com baixa carbonatação. O álcool mostra-se praticamente imperceptível, que é até difícil de acreditar que a cerveja tenha mais do que 8% de graduação alcoólica.
A adição dos ingredientes extras, com certeza fizeram toda a diferença nesta cerveja, e foram inseridos milimetricamente na receita. Talvez uma levedura que tivesse um pouco mais de esteres enriquecesse um pouco mais o conjunto. Mas as vezes é melhor não mexer em time que está ganhando.