<strong>Gustavo Guedes escreveu:</strong>
Acho que uma parcela de culpa pela não consolidação do mercado pertence a nós.
O que eu vejo é uma busca desenfreada sempre pela próxima cerveja, raramente eu vejo as pessoas dizendo que bebem tal marca com frequência.
Como que uma marca pode se consolidar se quando passa o fator novidade a gente busca sempre outras e deixa de comprá-la?! se não tem mais procura, e consequentemente venda, quem vai ficar importando?
Alguém aqui tem uma marca constante na adega, que é sempre reposta quando zera?
Aposto que a maioria, como eu, não.
Eu poderia citar algumas que compro com certa periodicidade, geralmente porque são de bom preço e boa qualidade: Heineken, 1795, Franziskhaner, Leffe (as três), Estrella Galicia, 1906, Paulaner, Weihenstephaner, Eisenbahn, Colorado, Brooklyn. Acredito que estas marcas se consolidaram no mercado por causa do custo-benefício. Outros rótulos, por serem mais caros e/ou menos acessíveis, realmente compro menos, alguns não comprei nunca mais, mas um mercado maduro, ao meu ver, tem espaço para todos. Importar menos o que tem menor demanda e mais o que tem maior me parece lógico. Não sou ingênuo de achar que as importadoras manterão por tempo indefenido produtos que não vendem (por culpa também delas, que muitas vezes mantém preços elevados e/ou distribuição ruim, ou então a cerveja é fraca mesmo), mas na minha opnião a rotatividade é excessiva. Esta rotatividade é muito mais responsável por esta "busca por novidades" do que oferta/demanda. Tem rótulos que compro rápido porque já suspeito que desaparecerão logo. Vários eu queria repetir mas não encontrei mais.