Alexandre Almeida Marcussi escreveu: O perfil é claramente o da Quadruppel fresca. Quem está acostumado com cerveja de guarda percebe que deve ter ido uma quantidade bem pequena da versão envelhecida no blend, talvez até menos do que 25%, de modo que o perfil da Quadruppel predomina de forma clara e mascara os defeitos da versão envelhecida. Percebe-se aquela pegada doce de oxidação (plástico/papelão), acetona e uma sugestão de aceto balsâmico sob a doçura maltada e esterificada da Quadruppel. Aparece um tostado de toffee/pão torrado que a Quadruppel normalmente não tem. Não acho que tenha agregado muito de positivo à excelente Quadruppel da cervejaria - pelo contrário, a Quadruppel comum é mais bem feita e interessante.
Provando só agora, primeira coisa que me veio à mente: muita cerveja jovem aqui. O conjunto em si é bom, até porque a quadruppel de linha é uma baita cerveja, mas considerando a expectativa de uma cerveja com anos de repouso no barril, há muito pouco desse perfil: um pouco de acético/balsâmico, um certo solvente no nariz ao agitar o copo, no geral aquele perfil meio rançoso comum a muitas cervejas que passam por barril, nada além disso. Na boca tem muito pouco de barrel aged. Não chega a ser nenhum desastre, mas não faz jus ao status que a Wals conquistou no passado com suas receitas, nem à própria propaganda que se fez da cerveja.
Considerando todo a retaguarda que eles têm agora, espero coisas mais sólidas e nos caça-níquel no futuro.
