Boas degustações com amigos no final de semana:
Bamberg Weizenbock Dunkel: mais uma boa sazonal de inverno da Bamberg! A pegada de frutas ácidas (como abacaxi azedo) da Weizen da Bamberg me incomoda um pouco, mas tenho de dizer que combinou bem aqui. Nota-se a melhoria das sazonais que estão usando o novo equipamento da Bamberg, com decocção do mosto, enriquecendo o perfil de maltes com um delicioso toffee e café-com-leite.
Mikkeller Black Hole: imperial stout de muitos excessos. Dulcíssima, até melada na boca, com muito aroma de lúpulos norte-americanos, final bem amargo, sabor de torrado quase extremo. Não me agradou muito (achei desequilibrada e um pouco enjoativa), mas entendo por que tem seus fãs.
Ardbeg 10 Years Old: uísque gentilmente oferecido por um grande amigo que acaba de se tornar pai! Single malt de personalidade, não é filtrado a frio e por isso conserva-se bem saboroso, bem salino, turfadão, com algum mel para amaciar; rústico e delicioso!
Colorado Demoiselle: minha favorita de longa data da linha "normal" da Colorado. O café, a banana, o cacau, o corpo envolvente sem excessos, está tudo sempre muito bem alinhado lá!
Harviestoun Ola Dubh Special Reserve 12: a linha Ola Dubh sempre me impressiona pelo altíssimo nível de qualidade e pela consistência. A Special Reserve 12 mostrou balanço impecável entre torrefação, notas turfadas de uísque e a elegante maturação em madeira. Antigamente, a linha chegava ao Brasil a preços bem mais amigáveis (lembro-me de comprar a Special Reserve 18 na faixa dos R$ 25); hoje em dia, essa Special Reserve 12 é a única que ainda vale a pena comprar, e não deve nada às outras (bem mais caras) da linha fixa.
Concha y Toro Travessia Carmenère/Cabernet Sauvignon 2011: a Concha y Toro faz vinhos corretíssimos, que raramente erram, independentemente da faixa de preços. Por este eu paguei apenas R$ 13 e fui agraciado com boas notas de framboesas e acidez correta. Simples, despretensioso, mas funciona pelo valor que se paga por ele. Lição a aprender para a indústria cervejeira.