Bohemia Oaken: Valeu esperar?

realmente,a ambev nao tem interesse em entrar no mercado de cervejas especiais no momento, pelo menos não com as marcas brasileiras. A bohemia é algo a parte, mas mesmo assim eles ainda não capricham como cervejarias menores, nem ao menos tem sua versao puro malte. E isso tudo por que agora eles estão se apoiando nas importações...hoegarden, leffe, quilmes...nao me lembro agora das outras! Mas essa é a "bengala" da empresa, vendendo essas importadas com preço competitivos com as especiais nacionais.

Eu tendo a "defender" a Ambev.
Primeiramente as razões comerciais da Ambev são claras, é uma das maiores cervejarias do mundo e "em time que está ganhando não se mexe"... Vende bem, tem crescido.
Além disso, ela ocupa um nicho de mercado que lhe é bastante peculiar: vende cervejas baratas que ocupam uma bela fatia do mercado... Enquanto Kaiser, Sol, Nova Schin, Itaipava etc. não são lá bem aceitas, Brahma, Antarctica, Skol e cia. são vedetes.
Ou seja, a Ambev não é assim porque quer, mas o é porque o mercado exige que ela seja assim... Eles fazem apelos elitistas pq as pessoas que tomam bohemias e tomarão bohemias oaken gostam de associar-se a imagem de elite.
Para que se arriscar em outros nichos se há algumas cervejarias que já dominam o mercado?
Querendo ou não, o apelo da Ambev em termos de Bohemia Oaken é colocá-la num patamar acima de Eisenbahn, por exemplo. Isso mostra que a estratégia da cervejaria não é necessariamente fazer uma cerveja BOA, mas uma cerveja com apelo comercial que se associe a elite.
Essa é minha leitura... Não tomei a Oaken ainda pois não achei e sei que não será uma bela cerveja, mas tomarei para questões de "aprendizado".
Agora, imagina a Bohemia lançando uma Puro Malte? Brigar com Heineken, Gold, Eisenbahn e até com a pratas da casa, Stella Artois e Beck's? Se eu fosse dono da Ambev também barraria e continuaria na mesma estratégia, afinal, está dando certo.
Óbvio que digo isso como uma análise de mercado. Preferia sem hesitar cervejas de qualidade puro malte, mas o paladar brasileiro (e principalmente o bolso) prefere cerveja de milho.

Meu pensamento vai um pouco na linha do Jonas. Para mim, a Bohemia não lança cervejas para o nosso paladar porque ela sabe que o nosso nicho de mercado já é dominado por outras marcas: Eisenbahn, Baden Baden etc. (que, diga-se de passagem, pertencem ao grupo Schincariol, que está investindo nesse mercado). Uma Bohemia Oaken não compete com as Eisenbahn, ela compete com a Petra, é outro nicho de mercado. Fazer uma cerveja como a que estamos pedindo seria uma jogada para entrar no mercado das artesanais, que é um mercado onde a Bohemia inclusive tem rejeição. Melhor estratégia para a AB InBev é penetrar nesse mercado através de marcas que já têm boa imagem no nicho, como Franziskaner, Leffe, Hoegaarden, Beck's... A marca Bohemia fica reservada para o segmento de mercado que, sinceramente, ela já domina. Se é boa ou não, se se pretende ter mais qualidade que a marca X ou Y, se é para a elite esnobe (até porque elite esnobe de verdade bebe Chimay ou só bebe vinho, né?), acho que isso é irrelevante: o que importa à Bohemia é segurar um mercado que ela domina.

Se a AB InBev tem interesse em investir no setor das artesanais com a marca Bohemia, possivelmente produzindo no Brasil ao invés de produzir essas marcas importadas que eu citei? Não sei, pode ser, mas acho que ainda falta uma estratégia comercial sólida para entrar nesse mercado, que tem suas demandas consolidadas. Há olheiros da Bohemia aqui no Brejas, o que significa que pelo menos eles estão com um olho na sardinha. Se isso corresponde a uma estratégia em elaboração ou se é só uma sondada para entender o nicho, só o tempo dirá.

O que o marcusi e o jonas falaram eh a mais absoluta verdade.
MAs esses são os olhos dos investidores da bohemia, eu infelizmente naum faço parte desse grupo que por sinal deve estar PODER de rico e naum deve beber as cervejas deles.

MAs a minha visão eh a visão de um comprador, que entende minimamente de cerveja, e para mim, bohemia, brahma, skol entre outras, não tem muito epaço na minha geladeira. Obviamente sou minoria, e isso naum importa para os investidores das grandes marcas populares. Mas com certeza gasto mais em 6 cerveja do que muito kra gasta em 2 caixinhas de brahma.

Se é negocio investir nisso, ou não, deixo ao ver dos empresarios, mas pelo que vejo para a AMBEV, não deve ser negocio.

Ok, vocês falam que a Ambev não lança uma puro malte porque no nicho que estamos inseridos ela não consegue brigar, eu também concordo com isso.

Mas a minha pergunta foi em outro sentido, imagine a seguinte situação:

Uma galera chega ao mercado para encher o carrinho para o churrascão ou para ir pra praia (Essa ultima foi bem de paulistano...rsrsrsrs), mas essa mesma galera quer tomar algo de “melhor qualidade” e recusa a do povão.
Chegando na gôndola tem 3 opções:
Kaiser Gold: R$1,45 (preço médio de mercado)
Bavaria Premium: R$1,30 (preço médio de mercado)
Bohemia Premium: 1,30 (preço possível, já que é a media que a FEMSA comercializa a Bavaria Premium)
Outras de massa na faixa de R$1,00

Eu acredito piamente que iriam na Bohemia devido aos seguintes fatores:
• Kaiser - é uma marca queimada no sudeste, nem se fosse por R$0,99 o Brahmeiro levava a lata
• Bavaria - Apesar de não ter a mesma fama da Kaiser, também é uma marca queimada devido a relação que todos fazem com a classica.
• Bohemia – Já é dona de um status que nenhuma conseguiu até hoje, a única que consegue brigar com ela de frente é a Original e ainda assim não possui versões em lata ou Long Neck.

A galera na minha época de solteiro mesmo só tomava Bohemia, já fomos varias vezes para a casa de um amigo na praia onde não entrava outra cerveja, era a caçamba da Ranger forrada de Bohemia, e agora depois de muitos anos daquelas esbornias e com a cabeça diferente penso, realmente sabíamos o que era uma cerveja boa???
Definitivamente não, o que a gente levava pra praia era simplesmente rótulo, a gente comprava simplesmente pra ficar dando uma de gatinho na praia tomando Bohemia e azarando a mulherada...huahuahua, isso porque a gente era todo lascado, ninguém tinha dinheiro para ficar esbanjando, se eu procurar acredito que tenho ainda fotos da caçamba da caminhonete lotada de Bohemia....rsrsrsrs

O que eu quis ilustrar com essas boa lembranças é que a AMBEV tem sim uma marca forte nas mãos e pode brigar no mercado com uma puro malte sem tirar a outra Bohemia de linha, não para tentar brigar com as micro-cervejarias mas sim com as macros que possuem uma linha deferenciada para pessoas mais exigentes, foi como eu disse, até a Conti lançou recentemente sua puro malte, voces acham que foi para concorrer com a Baden Baden e Eisenbahn???
Eu não acredito nessa teoria.....

Mas Anderson, o lance é que a Bohemia já está inserida nesse nicho
Obviamente nós sabemos o que é uma puro malte e tudo o mais, agora a grande maioria sem dúvida para "lotar a Ranger" (desculpe utilizar a sua expressão, mas achei genial - muito bom mesmo) para um churrascão ou "praia" entre as brejas abaixo
Bavaria Premium a R$ 1,30,
Kaiser Gold a R$ 1,45
Bohemia Pilsen (a normal que já estamos acostumados) a R$ 1,40
escolheria a própria Bohemia (!!!!)
Sacou? A Bohemia desde o início se auto nomeou uma cerveja premium, acima das Pale Lagers "normais" e o público acreditou. A Bohemia tem esse apelo.
E você, naquela época possivelmente já tinha essas opções, talvez não a Gold e a Premium, mas outras equivalentes... e escolheu a Bohemia. Eu confesso que até outrora também escolheria... Entende qual é o lance?
Concordo com o Renato, como consumidor eu escolheria uma Bohemia puro malte só com Saaz, mas nós somos apenas 6%... e a Ambev é uma corporação.