Fui com bastante curiosidade encarar a minha primeira Lambic. Particularmente acho cereja meio enjoativa e torcia para seu sabor não ser exagerado nesta cerveja. O aroma me trouxe imediatamente as cerejas (bastante) e um certo avinagrado. No paladar esse avinagrado foi o grande responsável por uma cerveja excepcional! As cerejas estão aqui em grande quantidade, mas a cerveja não é enjoativa. A acidez do final limpa a boca e a prepara para outro gole. Incrível!
Coloração róseo-avermelhada, espuma de pequena formação, de matizes rosa, persistindo por pouco tempo. Aroma e sabor têm a cereja predominando, com notas terrosas bem evidentes. Refrescante. Final inicialmente adocicado, rapidamente evoluindo com azedo moderado e um toque ácido. Boa Kriek.
Mort Subite Kriek se trata de uma lambic-fruit, ou seja, cerveja de alta fermentação feita a partir de fermentação espontânea (sem adição de fermento) à base de trigo e malte de cevada em que as bactérias e microorganismos presentes no ambiente se encarregam de fazer o resto, surgindo assim uma Lambic. Na fase de maturação se adiciona fruta, no caso cerejas, passando a ser uma Lambic-fruit. No estilo predomina o aroma da fruta assim como no sabor a mesma se evidencia com intensidade. Possuem pouco adocicado e não se prestam à guarda. O lúpulo usado é envelhecido e se presta à conservação e não para conferir amargor. É estilo nativo da região de Bruxelas na Bélgica e as frutas mais comumente usadas são cerejas e framboesas, mas atualmente a variedade empregada aumentou bastante tais como pêssego, morango, damasco e etc.
É produzida pela Cervejaria Alken Maes, instalada à leste na Bélgica, que é uma espécie de conglomerado de cervejarias menores sendo uma delas a Mort Subite, cuja hstória remonta ao ano de 1686. E salvo engano esse grupo hoje pertence à Heineken. A Mort Subite produz as cervejas XTreme Framboise, XTreme Kriek, Original Geuze etc.
A simpática garrafinha tem sua tampa e rótulo na coloração vermelha e este vem ilustrado por uma árvore cerejeira muito frondosa e a menção ao fato de ter sido maturada em barris de carvalho. Vertida na taça revelou coloração avermelhado claro, translúcida, com espuma rosada, de médias formação e persistência. Perlage (bolhas) perceptível.
O aroma é frutado cítrico e dominado por moderadas notas de cerejas, caramelo e marzipã, nenhum lúpulo ou álcool.
O sabor igualmente frutado ostenta boa complexidade e equilíbrio vez que se apresenta levemente salgado e com acidez suave; ainda um adocicado de malte, muita cereja e nenhum lúpulo. A carbonatação é média/alta e o corpo é leve. Final amargo e seco, retrogosto ácido. O álcool de 4,5% ABV não se percebe e lembra um frisante. Boa drinkability!
Conjunto agradável e refrescante, degustação prazerosa. Esta cerveja representa bem o tradicional e selvagem estilo e dele não devemos esperar um aroma enebriante e um sabor do outro mundo. A cerveja é simples, mas é saborosa e vale a pena ter na adega.
Belíssima breja do estilo lambic kriek. A coloração é linda, vermelha e translúcida e sua espuma levemente rosada e cremosa. Os aromas e sabores de cereja predominam, combinando muito bem com sua moderada acidez. O corpo é leve e a carbonatação média. Inicialmente essa breja é ácida e levemente salgada, porém, na sequência, um suave e agradável adocicado toma conta do palato. Lembra, em alguns momentos, um bom espumante. Quem nunca experimentou uma lambic pode começar por essa cerveja, pois sua textura delicada e seus aromas e sabores suaves prometem agradar, principalmente o público feminino.
Cerveja vermelho-rosado com espuma branca-rosada de ótima densidade e persistência.
Aroma dominado pela cereja.
No sabor, um bom equilibro entre o avinagrado e o adocicado da cereja. Drinkability média (em grande quantidade, acredito que enjoaria).
O mais difícil dessa cerveja é, justamente, enxerga-la como cerveja, já que fica muito distante do "padrão".
No mais é uma boa cerveja. Acredito que agradaria a maioria dos paladares.