Bohemian Pilsener nacional que estava faltando no mercado, ainda mais com a PÉSSIMA distribuição da Wals aqui na região. Não deve nada para nenhuma GRANDE representante do estilo e o preço eh BEM mais atraente. Com uma coloração dourado intenso translúcido brilhante e com uma espuma branca bem formada de ótima duração. No aroma notas cítricas e frutadas do lúpulo lembrando limão e grama cortada, ainda um toque suave de mel e fermento de pão. Na boca ela eh refrescante, marcante pelo lúpulo e seco no final, com uma toque mais adocicado no centro da língua. Uma receita CAMPEÃ do Alexandre Bazo. Acaba de se tornar a mais nova cerveja do dia-a-dia aqui em casa.
Dourada, apresentou uma leve turbidez. Creme branco heterogêneo de ótima formação e persistência. Aromas de grãos, fermento, lúpulos herbais, algum tostado e um leve adocicado. Na boca, discreta doçura de malte, com predomínio do salgado. Apesar da leve acidez, o amargor intenso domina o retrogosto. Apresentou estranhamente uma certa adstringência. Talvez o problema tenha sido do copo. Tem corpo médio, é seca e medianamente refrescante.
Cerveja virtuosa da Bamberg, dessas de impressionar pela qualidade em todos os quesitos técnicos dentro de um estilo extremamente difícil de se produzir com qualidade. Embora tenha uma proposta simples e direta (não espere grandes impactos ou complexidades dela), realiza-a com extrema competência, revelando a maturidade técnica dessa grande cervejaria nacional. A cor é dourada bem clara e transparente, com creme digno do estilo. No aroma e no amargor, são as características do lúpulo Saaz que trazem a personalidade desta cerveja. O aroma desenvolve boa complexidade de notas lupuladas, mas de forma fiel ao tradicional perfil das lagers europeias. Pode esquecer aquela exuberância quase espalhafatosa dos lúpulos norte-americanos que estão dominando cada vez as cervejas centradas em lúpulos: esta é uma cerveja sóbria e elegante, que traz notas florais em destaque acompanhadas daquela sensação apimentada típica da variedade Saaz (o gosto apimentado no fundo da língua é inconfundível) e um bom suporte cítrico com sugestões de limão, laranja e até peras. Normalmente a Bamberg é uma cervejaria bem tradicionalista, e o estilo prega que se use apenas lúpulo Saaz; não fosse assim, eu até arriscaria dizer que existe outro lúpulo na receita, talvez um Hallertauer, para ressaltar o aroma floral e a complexidade. O malte é quase imperceptível, mas nota-se algo de cereais ou flocos de milho ao fundo, dando interesse. No paladar, nota-se a intensa atenuação da Camila, Camila, que se mostra implacavelmente seca e amarga: não se nota dulçor relevante. O amargor predomina e se estende de forma persistente no final, mas há também uma boa acidez de entrada. Aquela sensação de limpeza devido à baixa mineralização da água está presente, mas o amargor raspa um pouco no final e diminui essa sensação. No geral, trata-se de uma receita executada quase à perfeição, limpa, refrescante e leve, com altíssima drinkability. Ela combina a secura e o amargor de uma German pilsner ressaltando o perfil aromático elegante e delicado de Saaz de uma Bohemian pilsner. Pelo conjunto, realmente talvez se enquadre mais no estilo German, no fim das contas. Mais uma bela pilsner brazuca!
No copo verteu um líquido amarelo profundo com um creme de boa formação e persistência. No olfato, trouxe notas de malte e fermento, seguidas de um belo bouquet floral e herbal. No paladar, apresentou sabores bem equilibrados, com sugestão de pão, biscoito, mel e grama. Seu fim é seco, lupulado e resinoso se contrapondo ao início mais adocicado. É suculenta, granulosa e possui um corpo leve. Sua carbonatação é média/alta. Enfim, bela pilsener. Sem dúvidas a melhor produzida aqui no Brasil. Só acho que ela está mais próxima de uma Germam Pilsner do que de uma Bohemian Pilsener.