A Backer está com ótimas cervejas, e belos rótulos, num estilo meio grego e feminino, alguns não gostam, eu sim. Já tomei várias dessas e já achamos e dissemos que ela era uma aspirante a Pale Ale importada. Hoje em dia já não concordo com isso, mas ainda acho seu sabor um pouco ralo e fraco pra uma Pale Ale. Com visual bem avermelhado e enferrujado, transparente, tem uma espuma até boa e de média duração, bege. Contra a luz é muito bonita, bem vermelha-açucar-queimada. O aroma é muito bom, levedo, notas de malte torrado e um ar alcóolico e adocicado. O sabor tem forte presença adocicada de caramelo e torrado e alguma coisa floral. Chega a ser um pouco frutada mas o levedo e os torrados caramelisados toma conta do sabor. Tem uma textura mais aguada e um pouco alcóolica. O final é levemente amargo, com mais presença de doce e, na minha opinião um pouco fraco, como já disse, pra este estilo. Mesmo assim acho que é uma ótima cerveja, quase sempre tenho dela na geladeira.
Realmente, não há necessidade de ir pra Europa ou comprar uma importada para degustar uma ótima Pale Ale. Talvez um pouco leve para o meu gosto, mas isso não a desmerece em nada. Maltes equilibrados, cor linda, aromática! Só posso recomendar!
Ótima cerveja. Marrom avermelhado e cristalino, tem creme bege perene e duradouro. Aroma de florais de lúpulo, malte e leveduras. Sabor encorpado e forte, bastante complexo, destacando o malte (talvez caramelo) e o floral de lúpulo, com final amargo e seco. Notas frutadas vindas do fermento. Percebe-se que foi encontrada uma combinação que maximiza os ingredientes de uma boa cerveja, todos bem equilibrados.
depois da decepção com a brown, a pale ale da backer foi uma grande surpresa. degustada em conjunto com outras do mesmo estilo ficou entre as melhores na média. Na minha opinião falta apenas um pouco mais de corpo e um final mais longo. no geral, uma ótima cerveja.
Pale ale equilibrada e com um perfil amanteigado que a torna saborosa, ainda que pouco refrescante e limpa ao paladar. Tem um bom jogo de equilíbrio entre o dulçor caramelado do malte e sabor do lúpulo inglês, como pede o estilo. Na taça, apresentou uma cor acobreada amarronzada, pouco vívida, com uma opacidade mediana e um creme marfim de bom desempenho, bem inglês. Há um bom jogo entre o malte e o lúpulo. Este domina sutilmente no aroma, apresentando um perfil caracteristicamente inglês, embora não especialmente complexo, com notas amadeiradas dominantes e um suave toque condimentado remetendo a ervas finas. O malte, por sua vez, tem notas bem evidentes de caramelo, nuances de castanhas e, ao final, um certo dulçor residual com sabor de cana-de-açúcar ou algodão-doce. Não é especialmente rico ou profundo, mas é correto e agradável. Além dos ingredientes primários, há uma presença bastante expressiva de diacetil, trazendo um toque amanteigado e levemente abaunilhado. Tive a impressão de ésteres de banana ao fundo, mas bem sutis. O paladar é equilibrado, embora menos amargo do que normalmente pede o estilo. A doçura do malte e o amargor do lúpulo se balanceiam durante toda a evolução na boca, tornando-a mais adocicado e menos refrescante do que a média do estilo. A acidez é bem suave, como se espera. O final é relativamente curto, equilibrando doçura e amargor mas sem muita riqueza do malte, possivelmente o maior ponto fraco da receita. O retrogosto traz algum caramelo e uma nuance de castanhas que se dissipa e deixa um dulçor residual remetendo a cana-de-açúcar ou algodão-doce. O corpo é mediano, levemente cremoso devido ao diacetil. No conjunto, trata-se de uma bitter ale nacional correta, sem defeitos evidentes, com uma presença de diacetil que é aceitável no estilo, embora um pouco destacada demais. Pende para um perfil um pouco mais adocicado e cremoso, e menos limpo e refrescante do que outras representantes tradicionais do estilo. Não tem muitos destaques, mas cumpre honestamente sua proposta.