Validade da cerveja

O pessoal já deu conta da explicação, creio.

Mas vale ressaltar que mesmo as "cervejas de guarda" podem ser consumidas mais frescas. É uma questão de opção. Já tomei uma Gouden Carolus Cuveé van der Kaiser Bleu, na mesma noite, em duas safras diferentes: 2009 e 1999.

A primeira tinha o álcool mais presente e mais corpo também.

Já a mais antiga, edição 1999, era muito mais "aguada" (menos encorpada) mas apresentava nuances que não apareciam na versão mais jovem da cerveja.

Nesse caso, tratava-se de uma cerveja refermentada na garrafa, que perde o seu corpo na medida em que as leveduras alimentam-se do seu extrato. Contudo, pelo mesmo motivo, a cerveja vai com o tempo evoluindo em sabor.

Ressalto ainda que, no caso da cerveja acima comentada, as suas edições mais antigas continham menor teor alcólico mesmo.

Pedro Fraga escreveu:

Além disso, certas cervejas (e estilos) pedem para ser tomadas mais frescas.

Isso é importante. Nem toda cerveja fica necessariamente melhor com o tempo. Alguns estilos, em especial os mais delicados e frescos, tendem a perder suas melhores qualidades com a guarda. A guarda costuma atenuar o amargor e o aroma do lúpulo, amaciar os maltes e criar alguns compostos químicos derivados de reações de oxidação, maturação e autólise de leveduras: se tudo der certo, em cervejas mais estruturadas e complexas, podem aparecer aromas de amêndoas, couro, vinho do porto, molho de soja, entre outras coisas. Contudo, podem aparecer outros sinais de oxidação e maturação menos agradáveis, como sabão em barra ou papelão.

Portanto, prefira, para a guarda, cervejas alcoólicas (acima de 7%), refermentadas na garrafa (porque a levedura consome o oxigênio, retardando a oxidação, e gera novos aromas com o tempo) e que dependam relativamente menos do frescor dos aromas de lúpulo. Uma coloração escura pode ajudar na conservação, também.

Mauro Renzi Ferreira escreveu:

O pessoal já deu conta da explicação, creio.

Mas vale ressaltar que mesmo as "cervejas de guarda" podem ser consumidas mais frescas. É uma questão de opção. Já tomei uma Gouden Carolus Cuveé van der Kaiser Bleu, na mesma noite, em duas safras diferentes: 2009 e 1999.

A primeira tinha o álcool mais presente e mais corpo também.

Já a mais antiga, edição 1999, era muito mais "aguada" (menos encorpada) mas apresentava nuances que não apareciam na versão mais jovem da cerveja.

Nesse caso, tratava-se de uma cerveja refermentada na garrafa, que perde o seu corpo na medida em que as leveduras alimentam-se do seu extrato. Contudo, pelo mesmo motivo, a cerveja vai com o tempo evoluindo em sabor.

Ressalto ainda que, no caso da cerveja acima comentada, as suas edições mais antigas continham menor teor alcólico mesmo.

e além disso tudo, no geral estas cervejas de safras anuais diferentes tem como objetivo a melhora de um ano para outro, a idéia é sempre aperfeiçoar a receita.

Retirado do Blog Edu recomenda:

"Para que uma cerveja evolua com o tempo, ela deve apresentar estrutura para isso. Força alcoólica, lupulagem acentuada e refermentação na garrafa são algumas delas. Porém, a maioria das cervejas deve ser bebida o mais jovem possível, já que não são desenhadas para enfrentar o tempo."

Alexandre Marcussi escreveu:

Pedro Fraga escreveu:

Além disso, certas cervejas (e estilos) pedem para ser tomadas mais frescas.

Isso é importante. Nem toda cerveja fica necessariamente melhor com o tempo. Alguns estilos, em especial os mais delicados e frescos, tendem a perder suas melhores qualidades com a guarda. A guarda costuma atenuar o amargor e o aroma do lúpulo, amaciar os maltes e criar alguns compostos químicos derivados de reações de oxidação, maturação e autólise de leveduras: se tudo der certo, em cervejas mais estruturadas e complexas, podem aparecer aromas de amêndoas, couro, vinho do porto, molho de soja, entre outras coisas. Contudo, podem aparecer outros sinais de oxidação e maturação menos agradáveis, como sabão em barra ou papelão.

Portanto, prefira, para a guarda, cervejas alcoólicas (acima de 7%), refermentadas na garrafa (porque a levedura consome o oxigênio, retardando a oxidação, e gera novos aromas com o tempo) e que dependam relativamente menos do frescor dos aromas de lúpulo. Uma coloração escura pode ajudar na conservação, também.

E onde eu vejo se a cerveja é refermentada na garrafa?

João Gabriel Margutti Amstalden escreveu:

E onde eu vejo se a cerveja é refermentada na garrafa?

Algumas indicam no rótulo, seja dizendo "refermentada na garrafa", seja dizendo "cerveja com fermento". Mas, mesmo que não haja nada escrito, vc logo percebe quando ela é refermentada na garrafa porque ela forma um depósito de sedimentos no fundo da garrafa (é o fermento). Sedimentos que, aliás, não devem ser servidos no copo na maior parte dos estilos.