Cervejas de guarda

Pessoal valeu pelas dicas. Eu já provei as cervejas em questão e vou fazer isso novamente daqui um tempo, anotar tudo para ver como elas irão se sair com o passar dos anos.

Quanto ao armazenamento, vou deixar elas em um porão, a temperatura varia de 10 (inverno) a 25 (verão) graus, não é o ideal mas vamos ver no que vai dar.

Mudando um pouco o rumo, vi em um blog uma West 8 com 41 anos de idade, vai o link se alguém quiser dar uma conferida belgianbeerboard.com/index.php?option=co...=6&limitstart=48 , lá pelas tantas tem uma Orval também se não me engano com 31 anos de guarda.

Renato . escreveu:

E não se esqueça guardar a cerveja SEMPRE de pé

Há controvérsias, Renato. O Randy Mosher aconselha a guardar as garrafas com rolha deitadas, como um vinho, caso vc vá guardar por mais do que alguns meses. Depois disso, claro, vc deverá voltá-las à posição vertical por pelo menos 24h para sedimentar os depósitos.

MAs e a oxidação????

O vinho pelo que eu sei, que eh super pouco, pois naum bebo vinhos, era mais a tradição de antigamente por causa das rolhas antigas que podiam se retrair, hoje em dia as rolhas tem outras materias, que creio que esse fato não ocorra mais.

Isso sem dizer que as rolhas das garrafas são mais parecidas com as rolahs dos espumantes, não são aquelas rolahs retas que tem os vinhos em sua maioria.

Eu concluo que acho POUCO provavel a retração da rolha e o fato da oxidação prejudica MESMO, então se fosse guardar uma garrafa de rolha seria em pé

Renato . escreveu:

MAs e a oxidação????

Reações de oxidação são naturais no processo de guarda e, na verdade, são esperadas. Uma cerveja de guarda "oxida bem", por assim dizer. Aromas de amêndoas, por exemplo, são frutos de oxidação em cervejas de guarda - nem toda oxidação é ruim. Se vc está se referindo à maior área de contato com o ar quando a garrafa é deitada, é preciso lembrar que toda cerveja de guarda é refermentada na garrafa, o que significa que a levedura consome praticamente todo o oxigênio presente antes de sofrer autólise.

Mas, como eu disse, ainda não cheguei a nenhuma conclusão definitiva sobre o assunto. Já li as duas possibilidades (deitada e de pé) como mais adequadas. No caso das cervejas de rolha, entenda-se.

No caso dos vinhos a guarda na posição horizontal é para não ressecar a rolha, se isso ocorrer, além de dificultar na abertura, poderá permitir uma entrada de ar na garrafa muito maior que a desejada, acelerando o processo de evolução. Entretanto, com a rolha natural, existe o risco da contaminação por TCA*.

Nunca vi uma cerveja vedada com cortiça maciça, aquele material talvez seja a rolha em aglomerado ("raspas" de cortiça e cola) mas ainda assim tenho minhas dúvidas se é mesmo, parece mais algum material sintético, que está livre dos problemas da rolha natural. Dessa forma não vejo necessidade da guarda na horizontal, mesmo porque as cervejas vem com tampas tipo "espumante", que não necessitam de abridor.

O Randy Mosher explicou o porquê ?

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*(2-4-6 Tricloroanisol), uma substância química volátil que pode contaminar não apenas na cortiça, mas também papel, papelão, plástico, recipientes de madeira como barricas etc. Vinhos atacados pelo TCA são chamado popularmente de bouchonné (em francês), corked (inglês), con corcho (espanhol) ou simplesmente com rolha, em Portugal. No Brasil a expressão mais usada é a francesa: “está bouchonné” (“buxonê”). O TCA provoca aromas desagradáveis de mofo no vinho. Fala-se que hoje de 2 a 5% dos vinhos vedados com rolhas de cortiça sofrem problemas causados pelo TCA.

Guima, o mofo da rolha tb ataca as cervejas. Às vezes, isso causa um efeito interessante no conjunto, e normalmente é uma característica aceita em cervejas arrolhadas. Eu sempre sinto um toque de mofo na Wäls Quadruppel, por exemplo.

O Randy Mosher recomenda a posição horizontal pelo mesmo motivo que com os vinhos: para evitar o ressecamento da rolha e os problemas de vedação, que no caso das cervejas acarretam perda de carbonatação.