Confrade Ylliomar, todos tem a ganhar com debates elucidativos, tanto os dinossauros, quanto os mais iniciantes ganham em informação e conhecimento.
Seria ótimo em todos os tópicos, se as postagens tivessem conotação informativa e o objetivo de colaborar com conhecimento, o bom é que temos muitos por aqui que se dignam em transmitir esse conhecimento.
Da minha parte, sempre que posso colaborar, seja com uma informação (mesmo com o pouco tempo no mundo cervejeiro), ou uma dúvida, e até muitas vezes errando, eu o faço.
Participe sempre!!
Alexandre Gheorghiu escreveu: Simplesmente não tenho mais paladar para essas cervejas .... com os amigos sempre faço essa comparação um tanto tosca: imagina que você passou tempos comendo aquele catupiry meleca ... e um dia te apresentaram o original ... é impossivel voltar a gostar do meleca ... rsrsr
É Alexandre, realmente ao se acumular degustações de brejas com aromas e sabores diferentes das de massa nos achamos em outro mundo
Acho que o Marcussi disse sobre "milhofobia" é que muitos quando descobrem as cervejas especiais e artesanais, simplesmente passam a abominar a adição de adjuntos na elaboração de cervejas, mas ao estudarmos mais sobre o assunto, vemos que dependendo do estilo proposto e/ou o resultado pretendido da cervejaria e do consumidor, esses adjuntos fazem parte da elaboração da breja e como citou o Gustavo Silva, brejas renomadas como as Rochefort e outra muitas os usam, tornando-se puro preconceito a negação ao uso desses ingredientes.
Ao ultrapassarmos a barreira desse preconceito, temos tudo para buscarmos informações sobre os estilos e fabricação dos mesmos, com isso, vamos tendo o discernimento de entender o valor de cada um, até mesmo dentre as Standards existem as que tem um resultado com sabor diferenciado das demais, uso como exemplo a nacional Kaiser Gold; a espanhola 1906; e a portuguesa Super Bock, as quais (pra mim) revelam mais capricho na elaboração e um conceito diferenciado das que visam ao máximo a redução de custo.
Lembrando que as cervejarias de massa como a Ambev, gastam muito dinheiro com pesquisas para diminuírem os "defeitos" em suas cervejas, contratando ótimos profissionais para isso (mas quanto mais o paladar de apura, mais fácil detectar eles não é mesmo
)
Acho que todas as cervejas têm o seu valor e o seu público, não me dando o direito de passar a ser uma pessoa inconveniente (um cervochato) para a maioria das pessoas "normais" e como disse, abominar as brejas que utilizam adjuntos. Tento manter a mente aberta para entender o gosto e o estágio evolutivo do paladar de cada um, pois como acontece comigo que ainda rechaço as brejas mais alcoólicas e de extrema complexidade, outros muitos ainda viram a cara para as brejas puro malte e com mais lúpulo. Uns vão mudar seu gosto, outros não.
Obs: ainda bebo as minhas boas com amigos, quando nos eventos deles é só ela que tem, mas que vou torcendo para pelo menos ter umas heinekens, eu vou
Concluindo o assunto do tópico após o que foi dito e pesquisado por mim:
1- Os cereais não maltados (exceto algumas exceções de estilo) são utilizados para baratear os custos;
2 - Sobre os cereais não maltados produzirem off flavours, sim e não. SIM porque eles "facilitam a fermentação" e é na fermentação que esses "defeitos" aparecem, e sem esses adjuntos eles apareceriam em menor grau; e NÃO porque com o dinheiro investido nas grandes cervejarias em pesquisas e em profissionais gabaritados, elas conseguem minimizar esses "defeitos", mesmo com o uso desses adjuntos. Acho que por isso ,que em algumas cervejarias menores esses off flavours são mais sentidos, ainda mais quando as brejas estão em temperaturas maiores
.
Deixa eu parar de escrever, senão vira um livro
Um abraço a todos.